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Apesar de movimentos sociais e entidades de defesa dos direitos LGBT terem visto as declarações do papa Francisco como um passo importante no combate à discriminação dos homossexuais, religiosos ressaltam que as palavras do pontífice não indicam mudanças na Igreja. "Não houve nada de novidade no que diz respeito à parte doutrinal. As pessoas já sabem o que pensa a Igreja. Devemos condenar o pecado, mas não o pecador", disse o padre Jesus Hortal, ex-reitor da PUC-Rio. "Não aceitamos essa conduta, está errada. Mas quem julga é Deus. Sem dúvida, porém, respeitamos essas pessoas."

Posição parecida tem o teólogo Paulo Bosco, da Universidade Católica de Brasília. A novidade, diz ele, é um papa falando diretamente sobre o assunto. "Ele fala diretamente desse acolhimento ao homossexual. A Igreja não é contra alguém, mas a prática não é virtuosa. Temos um papa falando isso de forma direta: vamos amar aquele que está numa condição de segregado, tratado de maneira discriminatória."

Para o coordenador do programa estadual Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento, as declarações do papa dão uma contribuição importante ao debate sobre o ódio e o preconceito contra os homossexuais. "Ele manda uma mensagem para seus fiéis, de que os dogmas da Igreja não podem ser usados para justificar a violência e a discriminação."

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