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O capuchinho frei Pedro Brondani, criador da Pastoral da Aids, um dos entrevistados da série Perfil 2015, | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O capuchinho frei Pedro Brondani, criador da Pastoral da Aids, um dos entrevistados da série Perfil 2015,| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Uma exposição fotográfica e um livro digital marcam o encerramento da Série Perfil 2015, da Gazeta do Povo. Trata-se de um convite ao curitibano para conhecer a cidade, não a partir de lugares, mas de gente. Mais especificamente, a partir da trajetória de 24 personalidades, retratadas em 23 perfis publicados ao longo de seis meses, nos domingos. O projeto reuniu histórias de quem encontrou seu próprio lugar – às vezes por caminhos tortuosos – e deixou sua marca. “O resultado é um registro riquíssimo de pessoas importantes. Isso permite que se pense a cidade a partir das pessoas retratadas e, mais que isso, demonstra a riqueza da cidade”, diz o jornalista José Carlos Fernandes, editor da série.

As pessoas retratadas estão logo ali, dotados de uma humanidade que os aproxima do leitor. Isso fica bem sintetizado na frase atribuída a Millôr Fernandes e que dá título ao livro e à exposição: A vida é perto – Perfis de quem passa na calçada.

Os perfilados

Helen Anne Butler Muralha (médica), Paulo Venturelli (professor), Paulo Salamuni (vereador), Tato Taborda (advogado e jornalista), Pedro Brondani (frade capuchinho), Araci Asinelli da Luz (educadora), Newton Carneiro Affonso da Costa (filósofo e matemático), Paulo Pimental (político), Key Imaguire Junior (arquiteto e ativista cultural), Goura Nataraj (cicloativista).

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O resultado da série é um daqueles registros para guardar . Além de mostrar uma face das personalidades retratadas, o trabalho também convida a entrar em suas respectivas intimidades, explorando aspectos pouco conhecidos dos entrevistados.

“Quando o óbvio seria, por exemplo, fotografar o Goura Nataraj [cicloativista, um dos retratados ] em uma bicicleta, nós o mostramos na chácara em que ele mora. A [obstetra] Helen Muralha, nós a mostramos em um jardim com muitas flores, que ela mantém como memorial para o marido”, diz o fotógrafo Alexandre Mazzo, curador da exposição.

Com design de Lúcio Barbeiro , o livro digital vai estar disponível para download gratuito no dia da abertura da exposição, quinta-feira (29). “O material foi organizado com outro tratamento. Além de ser um registro fortíssimo, é um material histórico para o estado e subsídio de pesquisa sobre essas pessoas”, diz Fernandes, que coordenou 15 repórteres que trabalharam no projeto.

A mostra fotográfica foi divida em 23 blocos, cada qual composto por três fotos de cada um dos perfis da série. O trabalho reúne a delicadeza clássica dos retratos em preto e branco, assinados por oito fotógrafos. “É um gênero que parece simples, mas que tem justamente o desafio de captar a essência, a imagem verdadeira da pessoa. O resultado é muito rico”, diz Mazzo. As fotos virão acompanhadas de um texto sobre o personagem, redigido por Fernandes. Além disso, os retratos terão um QR-Code: com celulares, será possível ver os vídeos produzidos na série, sob direção do editor Thiago Costa.

Serviço
A vida é perto - Perfis de quem passa na calçada

Exposição fotográfica com material da Série Perfil 2015, da Gazeta do Povo. Casa Romário Martins (R. Cel. Enéas, 30, Largo da Ordem). Abertura:  29/10 (quinta-feira), às 19 horas. Entrada gratuita

  • O fotógrafo veterano José Kalkbrenner - memória da produção de imagens em jornais do Paraná.
  • O crítico de cinema Lélio Sotto Maior, formador de uma geração de cinéfilos em Curitiba: um guru no autoexílio.
  • A jornalista Vania Mara Welte, marco no jornalismo investigativo ao destrinchar o caso da “Bruxas de Guaratuba”.
  • A advogada Claudia Silvano, diretora do Procon: exercício diário de cidadania na Rua Presidente Faria, no Centro Velho de Curitiba.
  • A cantora norte-americana Mossa Bildner, que escolheu Curitiba para viver: parcerias e afetos com Glauber Rocha.
  • O cicloativista Jorge Brand - o Goura - com suas filhas: rapaz da bike provocou movimento sem similares na vida de Curitiba.
  • O arquiteto e urbanista Key Imaguire Júnior, de quimono em sua biblioteca nas Mercês, onde mora: criador da Gibiteca tem seu nome impresso num sem número de iniciativas culturais na capital paranaense.
  • A assistente social Sueli Cortiano, da Fundação de Ação Social: com os pobres e com os jovens, apesar das rasteiras da vida.
  • O juiz aposentado Pretextato Taborda, em sua chácara no Campo Comprido: o repórter que viu o Apolo XI subir.
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