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Por todo o Brasil, um burburinho agita fachadas, vitrines, restaurantes e botequins. Mexe daqui, mexe dali, e, aos poucos, todo mundo vai se ajeitando para escrever direito o novo português.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul precisa de reparos: retirar o acento da palavra "assembleia".

"O chefe mandou tirar e não sei por quê", diz um funcionário.

Pelas novas regras de ortografia, a palavra "assembleia", paroxítona terminada em ditongo, não tem mais acento. Na placa do lado de fora, o tempo se encarregou de corrigir. O acento caiu. Em Goiânia, o mesmo cuidado com a fachada da casa de leis.

Só 0,5%

De acordo com o ministério da Educação, só 0,5% do vocabulário brasileiro será alterado pelo novo acordo ortográfico. Mas no comércio, muitos vão sentir no bolso essa mudança. Só em uma autoescola, são 22 carros com os nomes escritos nas portas. Terá de mudar e escrever corretamente a palavra autoescola.

"Só para trocar os nomes nos carros e motos vou gastar mais de R$ 6 mil, isso sem falar no material didático", calcula o empresário Anísio Correa.

No entanto, não é preciso correr para comprar uma gramática ou dicionário já corrigidos. A adequação será feita aos poucos, até 2012.

Mas em Goiás, uma concessionária decidiu corrigir de uma vez: a palavra seminovos já é vista em placas, notas fiscais e nos cartões dos funcionários sem o hífen. Nos cinemas goianos, os anúncios dos filmes também estão escritos direitinho: estreia. Mas pouca gente notou.

São mudanças sutis que farão a diferença para quem quer falar e escrever o português corretamente.

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