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O caminho para reverter o abandono escolar pode ser longo, mas alguns municípios mostram que é possível ser trilhado. Mesmo em regiões onde existem carências, a quantidade de estudantes que deixou de ir à escola é reduzida. Caso de Atalaia, no Noroeste, onde a taxa de abandono chegou a zero em 2009 e manteve-se em 0,9% no ano passado. Resultado de um trabalho conjunto entre escola, comunidade e Conselho Tutelar.

O casal José Roberto Roveri e Marineide Vitorino dos Santos tem duas filhas, Giovanna, de 9 anos, e Júlia, de 13. Orgulhosos, os pais contam que as duas são alunas exemplares, sempre exibindo no­­tas altas e participando de atividades extraclasse. "Apesar de estar em uma cidade pequena, a escola tem uma estrutura muito boa. Ela oferece várias atividades e consegue prender a atenção do aluno", observa Roveri, cartorário que cresceu em Atalaia e estudou nas mesmas escolas que as filhas.

Mesmo aqueles mais distantes da escola conseguem manter a frequência nas aulas. Distante seis quilômetros do centro da cidade, a vila rural abriga várias crianças que se deslocam diariamente à Atalaia para estudar. Neli Gimenez Garcia e Vanilda Assis estão entre as mães que se esforçam para garantir o estudo dos filhos. "O estudo é tudo na vida, né? Alguns deles não gostam de ir para a aula, mas a gente fica em cima", conta Neli. De acordo com ela, o Conselho Tutelar também exerce uma forte fiscalização sobre os faltosos.

Na Região Sudoeste, o município de Enéas Marques é outro exemplo, com uma das menores taxas de abandono do Paraná, de 0,1%. A secretária municipal de Edu­­cação, Cleri Mary Cam­­pos, diz que em 2006 foi iniciado um trabalho de acompanhamento dos estudantes faltosos. "Se o aluno falta dois dias sem justificativa, a diretora e uma coordenadora vão até a casa dos pais saber o que está acontecendo. Isso faz com que quase não tenhamos desistências".

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