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Cenas do ensaio geral da Paixão de Cristo do Grupo Lanteri, na Pedreira Paulo Leminski, na noite de quarta-feira: tensão. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Cenas do ensaio geral da Paixão de Cristo do Grupo Lanteri, na Pedreira Paulo Leminski, na noite de quarta-feira: tensão.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A tradicional Paixão de Cristo do Grupo Lanteri corre o risco de ficar reduzida, este ano, a um público de 2 mil pessoas – dez vezes menos do que a média das apresentações da companhia na última década. Um acerto que envolve a nova concessionária da Pedreira Paulo Leminski – a DC SET – a Fundação Cultural de Curitiba, a representação de moradores do Abranches e o Ministério Público, estipulou um teto de 25 mil pessoas por show, e não mais de dois eventos por mês. O argumento oficial é que passando de dois espetáculos, as demais atrações devem ter “cota” reduzida, caso do Lanteri. As duas mil pulseirinhas serão distribuídas nesta quinta-feira (2), na Rua da Cidadania da Matriz.

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Se não houver exceção à regra, até 18 mil pessoas ficarão de fora da atração. Embora faça parte do calendário oficial da cidade há mais de três décadas, o cronograma da Pedreira está reservado para shows de caráter comercial – a apresentação da Banda Kiss, dia 21, e Monster Tour, dia 28. Por ironia, a reivindicação popular que levou moradores a fechar e limitar o uso da pedreira, incomodados com que chamavam de “baderna”, acabou atingindo a comportada Paixão do Lanteri.

Vai ter público?

Os organizadores do evento – que em 2015 completa oficialmente 37 anos – esperam por uma intervenção da prefeitura de Curitiba junto ao Ministério Público e demais envolvidos. A Paixão acaba às 21 horas, é um evento familiar, não há consumo de bebidas alcoólicas e a maior parte dos que vão assisti-la utilizam ônibus oferecidos pelo município, o que diminui o impacto no trânsito. Para muitos dos participantes de Curitiba e região, o espetáculo é o único que assistem no ano.

Os dirigentes do Lanteri veem na exigência de redução de público uma contradição. Nos seis anos em que Pedreira esteve fechada, a Paixão era o único evento autorizado no local. Agora que o espaço está liberado, o grupo enfrenta tamanha restrição. “Cada ano é mais difícil”, diz um dos líderes do grupo, Júlio do Rosário. Além do empenho para negociar a liberação de mais pulseiras, ele se vê em meio às exigências dignas de grupo de rock para poder usar o espaço. Na noite de quarta-feira (1.º) havia banheiros fechados e imposições burocráticas de última hora, o que penalizou o pouco tempo de ensaio, que é feito após o expediente de trabalho dos participantes. Uma dessas exigências era o cadastro dos 800 atores amadores. Ao todo, o Lanteri mobiliza 1,2 mil pessoas, todos voluntários. A DC7 ganhou concessão de uso da Pedreira por 25 anos.

  • Ensaio do grupo Lanteri para a encenação da Paixão de Cristo
  • Grupo Lanteri faz os acertos finais para a apresentação
  • A encenação da Paixão de Cristo pelo Grupo Lanteri é feita há mais de três décadas
  • Aparecido Massi é ao mesmo tempo ator, diretor e organizador do Grupo Lanteri
  • Ao todo, o grupo Lanteri mobiliza cerca de 1,2 mil voluntários para a encenação
  • Mesmo quando a Pedreira Paulo Leminski estava fechada por ordem judicial, o espetáculo do lanteria continuou sendo apresentado no local
  • O espetáculo começa às 19 horas de sexta-feira da Paixão, na Pedreira Paulo Leminski
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