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O decreto de emergência dos municípios mobiliza a Defesa Civil Estadual a partir deste fim de semana no transporte de mantimentos e água aos municípios isolados | AFP
O decreto de emergência dos municípios mobiliza a Defesa Civil Estadual a partir deste fim de semana no transporte de mantimentos e água aos municípios isolados| Foto: AFP

Mais de 221 mil pessoas estão sofrendo com a estiagem atípica no Amazonas, nos 15 municípios em estado de emergência. E o período sem chuvas que assola o centro-norte da Amazônia desde outubro deve se estender até fevereiro de 2010, segundo o meteorologista Ricardo Dallarosa, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Os ribeirinhos sofrem com a falta de chuvas seja por falta de água potável ou alimentos, ou prejudicadas pela fumaça densa das queimadas, ou por estarem em completo isolamento por conta dos rios secos. O decreto de emergência dos municípios mobiliza a Defesa Civil Estadual a partir deste fim de semana no transporte de mantimentos e água aos municípios isolados.

Segundo estimativas do governo, devem ser gastos cerca de R$ 550 mil em cestas básicas que devem ser transportadas por aviões do Exército para os municípios mais afastados, na chamada região da Cabeça do Cachorro. Os municípios mais próximos devem receber ajuda de helicóptero, como Manaquiri, Caapiranga, Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Iranduba, Novo Airão, Silves, Manacapuru e Presidente Figueiredo.

"A São Gabriel da Cachoeira só se chega de avião, porque os rios estão secos e deixando isoladas várias tribos indígenas", afirmou o coronel Roberto Rocha, chefe da Defesa Civil do Estado. Naquela região, do Alto Rio Negro, o município de Santa Isabel e Anamã também estão em estado de emergência.

A maioria dos municípios que sofrem com a seca, 12, estão no entorno de Manaus. A capital tem amanhecido com uma névoa branca que demora a se dissipar, por conta da falta de chuvas. Nesta quinta, os prefeitos dos 12 municípios participaram de uma reunião com o governador Eduardo Braga (PMDB), que chamou atenção para as queimadas que prejudicam a qualidade do ar, principalmente em Manaus.

Segundo explicação do Sipam, embora as queimadas ocorram não na capital, mas principalmente em municípios como Presidente Figueiredo, distante 120 quilômetros de Manaus, por conta de ventos vindos do leste empurram a fumaça do entorno para Manaus. O rio Negro, que banha Manaus, segundo o geólogo Marco Oliveira, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), está medindo 15,86 metros hoje, pelo menos três metros a menos do que o mesmo período do ano passado. O ano da maior seca já registrada pelo CPRM foi 1963, quando o Negro chegou a 13,64 metros.

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