• Carregando...

21 suspeitos já foram detidos

Vinte e um suspeitos de envolvimento com a onda de violência que ocorre em Santa Catarina desde segunda-feira (12) foram presos na Grande Florianópolis e na cidade de Itajaí entre a noite desta terça-feira (13) e a madrugada desta quarta-feira (14).

Os detidos, entre eles 12 menores de idade, teriam participado dos casos de incêndio a ônibus e depredação do patrimônio vistos nos últimos dias em diversos municípios do Estado. As informações são do jornal Diário Catarinense e da Polícia Civil de Santa Catarina.

Nove menores de idade e um jovem de 18 anos foram detidos por volta durante a madrugada em Florianópolis. Eles estavam escondidos na Comunidade Ilha Continente. Dois homens que estariam planejando um ataque a ônibus também foram detidos na cidade de Palhoça, vizinha a Florianópolis. Com 28 e 30 anos, eles foram pegos às 4h30 desta quarta com cinco garrafas de dois litros cheias de gasolina no bairro Ponte Imaginarium. Eles foram encaminhados para a delegacia do município.

Em Itajaí, cidade litorânea ao norte da capital, nove pessoas foram presas por volta das 23h de terça-feira (13) em duas casas do bairro de Cidade Nova. Os detidos, sendo três menores, foram pegos enquanto preparavam coquetéis molotov e portavam materiais como estopas, gasolina e garrafas.

De acordo com o delegado Rui Garcia, um dos suspeitos, Valmor Bianchi Amorim, de 18 anos, confessou ter colocado fogo em dois carros nos últimos dias. "Ele disse que fez isso a mando de um tal de Dido, que o ameaçou de morte", explicou o delegado. A polícia não deu detalhes sobre o suposto mandante do ataque.

Os estudantes da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (14), manter a greve geral no campus de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, até que a nomeação para reitora da candidata Anna Cintra seja retirada.

Na terça (13), a reitoria da universidade, localizada no campus de Perdizes, foi ocupada. Os alunos questionam a nomeação da professora de letras Anna Maria Marques Cintra, 73, para o cargo de reitora da universidade, após ter ficado em terceiro lugar na eleição.

Após a reunião destsa quarta, os estudantes decidiram que irão manter a greve até a próxima quarta-feira (21), quando as aulas seriam retomadas após o feriado. A reitoria, entretanto, será desocupada por volta das 20 horas, quando acontece nova assembleia.

A Comissão de Imprensa da Greve, organizada pelos estudantes, divulgou um documento assinado por Anna Cintra - e pelos outros dois candidatos, durante época de campanhas eleitorais - declarando que não aceitaria a nomeação para reitora caso tivesse perdido o pleito.

Em comunicado oficial, a comissão ainda informou que convidou a Fundação São Paulo, mantenedora da universidade, para uma audiência pública na próxima quarta-feira. Anna Cintra e dom Odilio Pedro Scherer também serão convocados.

Segundo o comunicando, a reunião servirá para debater "a retirada da nomeação da Ana Cintra e homologação do resultado das eleições para Reitoria, fim da lista tríplice e alteração do Estatuto da PUC".Representantes do corpo discente, da Apropuc (Associação dos Professores da PUC-SP), da Afapuc (Associação dos Funcionários Administrativos da PUC-SP) e o atual reitor, Dirceu de Mello, já confirmaram participação no evento.

Greve

Desde 1980, a PUC-SP realiza eleições para o cargo de reitor da universidade. No processo eleitoral, participam professores, funcionários e alunos da instituição. Os três nomes com maior número de votos formam a lista tríplice, que deve ser homologado pelo Conselho Universitário.

O resultado então é submetido ao arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, grão-chanceler da instituição e presidente do Conselho Superior da Fundação São Paulo, órgão que administra a instituição a quem cabe a decisão final.

Neste ano, uma urna do campus de Sorocaba foi desconsiderada porque as cédulas não tinham rubrica de nenhum mesário. A decisão foi revista depois de pedido feito por Anna Cintra e, mesmo com a nova contagem dos votos, a candidata ficou em terceiro lugar na votação.

Mesmo perdendo, Cintra foi nomeada ontem pelo cardeal Dom Odilo. Segundo os estudantes, desde 1980 todos os vencedores das eleições para reitor assumiram efetivamente o cargo.

A eleição, realizada em agosto, foi vencida por Dirceu de Mello, atual reitor da universidade. "A nomeação de Cintra é um desrespeito à tradição democrática da PUC", diz o estudante Stefano Wrobleski, 22, membro do centro acadêmico dos cursos de jornalismo e multimeios.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]