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Pedágio da Econorte em Jataizinho, no Norte Pioneiro. | Roberto Custódio
/ Jornal de Londrina/Arquivo
Pedágio da Econorte em Jataizinho, no Norte Pioneiro.| Foto: Roberto Custódio / Jornal de Londrina/Arquivo

A negociação para prorrogar contratos de pedágio no Paraná está mais avançada com a concessionária Triunfo Econorte. É o que indicou uma reunião entre o secretário do Ministério dos Transportes, Luciano Castro, e representantes da bancada de deputados federais na tarde de quarta-feira (16), em Brasília. Os estudos comandados por Castro indicam que seria possível reduzir em até 38% o valor das tarifas. A empresa também aceitaria fazer mais obras em troca de ampliar o prazo de exploração das rodovias – que vence em 2021. Se o desconto fosse aplicado, as tarifas que hoje variam entre R$ 16 e R$ 18,40 ficaram na casa de R$ 10 para veículos leves em cada uma das três praças que concessionária administra no Norte Pioneiro. Ainda não há nada definido – os estudos devem embasar a negociação para estender os prazos. O prazo pelo qual os contratos seriam estendidos ainda não foi aventado. As informações são de fontes ouvidas pela Gazeta do Povo. A Triunfo Econorte foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou. A previsão é de que um levantamento preliminar para três das seis concessionárias que atuam no Anel de Integração será anunciado no final de janeiro.

A estimativa de redução de tarifa ainda é um esboço, mas mesmo assim está abaixo da linha de corte pensada pelo governador Beto Richa. Em entrevista à rádio BandNews FM de Curitiba, na manhã desta quinta-feira (17), ele disse que seria coerente uma redução entre 40% e 50% do preço das tarifas. “Eu vou aceitar uma proposta desta [prorrogação dos contratos] desde que contemple a duplicação de todo o Anel de Integração e seja uma redução [das taxas dos pedágios], mas muito, muito grande, porque as praticadas no Paraná são extremamente elevadas”.

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Castro, que conduz os estudos sobre renovação do pedágio no Paraná, ressaltou que o abatimento máximo apresentado até agora não é definitivo porque os valores de redução apontados pelas concessionárias fazem parte da fase inicial dos trabalhos. “Cada concessão é uma concessão. Os contratos são independentes. Por isso, é possível que algumas possam ter descontos maiores que as outras. O que temos até agora é de que esses descontos maiores podem chegar a 38%”, esclareceu o secretário, que não se referiu às possibilidades de redução demonstradas pelas outras cinco concessionárias (Ecovia, Ecocataratas, Viapar, Caminhos do Paraná e Rodonorte).

Renovação dependerá de acordo em tarifa, obras e passivo

O secretário do Ministério dos Transportes que organiza a discussão sobre prorrogação do convênio de delegação das estradas federais que cortam o Paraná salientou que não é apenas a redução das taxas de pedágio que serão avaliadas no processo. Tal como o governo do estado, a União pretende cobrar mais fôlego do pacote de obras e ainda avaliar prováveis passivos pendentes com as empresas.

Coordenador da bancada federal do Paraná, o deputado João Arruda (PMDB) disse que, embora seja necessário reavaliar a estrutura atual das concessões, onerosas demais para os usuários, a renovação tem grandes chances de sair por causa da restrição orçamentária enfrentada pelos governos. “A previsão de novos investimentos no estado do Paraná e no Brasil, é baixa. Os governos não têm dinheiro para fazer investimento. [Prorrogar] seria a única forma do governo de fomentar novos investimentos em infraestrutura”, analisou.

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