Em uma nota concebida para as 11 igrejas evangélicas que fazem parte da Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), organização mantenedora do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC), a diretoria do hospital e da sociedade defendem os procedimentos que são realizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição de saúde. Esta é a primeira vez que a instituição se posiciona abertamente a favor dos profissionais do hospital acusados de estarem envolvidos na antecipação de mortes de pacientes internados na UTI do Hospital Evangélico.
A nota foi divulgada ontem pela assessoria de imprensa de Elias Mattar Assad, advogado de defesa da médica Virgínia Soares de Souza, uma das suspeitas. No texto, cuja autoria foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital, a SEB diz que, por não poder "calar diante de injustiças (...), principalmente quando o inocente está sendo considerado culpado", acha necessário criar uma "autodefesa, como é necessário também que outros mais entrem em defesa desta instituição que mantém o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba".
A instituição reforça que "o tratamento, seja ele medicamentoso ou por aparelhos, é decisão médica" e também que as "decisões de não tratamento, de omissão ou de suspensão de suporte vital não devem ser considerados atos de eutanásia, mas de exercício médico regular", já que "aliviar a dor e o sofrimento é considerado um dever médico, mesmo quando as intervenções implicam que a vida possa ser abreviada como consequência".
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital para tentar acrescentar informações ao material, mas foi informada de que ninguém falaria sobre a nota.
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