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O Hospital Evangélico (HE) de Londrina anunciou, na tarde de ontem, que deve fechar o pronto-socorro e paralisar o atendimento a partir das 7 horas de hoje. O hospital alega ter R$ 3 milhões para receber da secretaria municipal de Saúde, valor acumulado desde janeiro deste ano. A prefeitura diz não ter repassado o dinheiro por causa da falta da assinatura de um contrato entre o hospital e o gestor público.

Um ofício foi enviado pelo HE à prefeitura de Londrina. "Esta atitude põe em risco a viabilidade do nosso hospital, pois diferente da sua secretaria, honramos todos os nossos compromissos financeiros em dia desde a intervenção judicial havida em 26 de abril de 2006", diz o texto direcionado ao secretário Agajan Der Bedrossian, com cópia para outras autoridades.

O hospital já interrompeu o serviço em novembro e dezembro do ano passado, pois havia indefinição em relação ao pagamento dos incentivos aos médicos plantonistas que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Justificativa

O líder do prefeito na Câmara, Tito Valle (PMDB), disse que a prefeitura não fez o pagamento ao Hospital Evangélico porque o contrato de prestação de serviços com a Secretaria Municipal de Saúde não foi assinado. De acordo com o peemedebista, o motivo foi a suposta discordância do Hospital Evangélico em ofertar no mínimo 60% dos seus leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em entrevista coletiva concedida na Câmara Municipal no início da tarde de ontem, o secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian, disse que essa diferença foi superada e que o contrato só não foi assinado até agora porque faltariam alguns documentos. Segundo Agajan, a questão está "emperrada" na Secretaria de Gestão Pública.

Questionado sobre o valor mensal do contrato com o HE, Agajan evitou falar claramente. Primeiro ele disse que era um contrato de prestação de serviços – e que o volume de serviços prestados é o que determina o valor. Questionado sobre o teto desse contrato, o secretário admitiu que existe o teto, mas não soube informar o valor.

Colaboraram Aurélio Cardoso e Fábio Silveira

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