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Delegado ordenou recontagem de toda a droga nos distritos policiais de Foz depois de casos de roubo | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Delegado ordenou recontagem de toda a droga nos distritos policiais de Foz depois de casos de roubo| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Foz do Iguaçu - Um ex-estagiário da Polícia Civil e um escrivão estão presos na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, há mais de dois meses. Eles são acusados de furtar 20 quilos de crack do 4º Distrito Policial. Atualmente, os estagiários equivalem a 12% do efetivo da Polícia Civil no estado, conforme matéria publicada ontem pela Gazeta do Povo. Alguns deles substituem escrivães na montagem de inquéritos policiais.

O delegado-chefe da Polícia Civil em Foz do Iguaçu, Alexandre Macorin, diz que há provas testemunhais contra o ex-estagiário e o escrivão. Por isso, a Justiça não concordou com a tese apresentada pela defesa e ambos continuam presos. Eles teriam substituído o crack embalado por sabão e madeira.

"O depoimento do escrivão é muito claro. Ele assume a culpa e atribui a maior parte da autoria ao ex-estagiário", afirma o delegado. Macorin ainda conta que o escrivão diz ter sido procurado pelo ex-estagiário, que é da área de Direito, para cometer o crime.

Segundo o delegado, mesmo que o ex-estagiário assumisse toda a culpa, o escrivão não ficaria isento de punição porque irá responder por infração administrativa, que tramita independentemente do processo criminal por tráfico de drogas. A infração é considerada grave e fere o estatuto da Polícia Civil. O ex-estagiário, como não é funcionário, responde apenas por tráfico de drogas. Ele é irmão de um escrivão da Polícia Civil que foi afastado das funções por outro fato.

Após o desaparecimento de 2,1 quilos de crack do 2º Distrito Policial, em junho, o delegado Macorin determinou que toda a droga dos distritos policiais da cidade fosse recontada. Macorin pretende criar um almoxarifado central com microcâmera para armazenar toda a droga apreendida pela Polícia Civil na cidade. Atualmente, apenas na Delegacia Central há mais de 20 mil quilos de maconha, mas a polícia precisa de autorização judicial para incinerar a droga.

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