Janeiro de 2009, julho de 2009, janeiro de 2010, dezembro de 2010 e maio de 2011. Todas essas datas significaram, algum dia, o prazo estipulado para encerramento do Aterro da Caximba. Prorrogações, aumentos de capacidade e, agora, reconformações deram sobrevida ao local. Para especialistas, a insistência no aterro é o resultado da falta de planejamento na questão sanitária. "Perdeu-se tempo precioso na discussão para a implantação de um novo aterro no início da década de 2000. Só depois de muita insistência do Ministério Público e ambientalistas, planejou-se a atual licitação", afirma José Paulo Loureiro, engenheiro agrônomo e integrante da ONG Atmosfera.
O engenheiro civil especializado em Engenharia Sanitária e Ambiental e mestre em Saúde Pública Fernando Salino Cortes diz que se discute um novo aterro para Curitiba há, pelo menos, 12 anos e nada sai do papel. "É uma questão de planejamento estratégico", diz. "Eles deveriam ser previdentes. Todos sabiam que um dia a capacidade da Caximba ia se esgotar", afirma o procurador do Ministério Público Saint-Clair Honorato Santos.
De acordo com o secretário municipal do meio ambiente, José Antônio Andreguetto o planejamento para a licitação do lixo se iniciou em 2006, com o edital lançado em novembro de 2007. "O problema é que a concorrência atrasou. Como percebemos que o encerramento da Caximba não ia bater com o final da licitação, fomos obrigados a buscar alternativas", diz.
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