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A 22 quilômetros do centro de Ponta Grossa, nos arredores do Parque Estadual de Vila Velha, o principal ponto turístico dos Campos Gerais, fica a Escola Municipal Pascoalino Provisiero. Ela atende 140 alunos de fazendas e sítios próximos. Reformada recentemente pela prefeitura, a escola está em boas condições, porém, assim como 58% das escolas rurais do país, não tem acesso à rede de esgoto; e, como 92% dos estabelecimentos, não dispõe de internet banda larga nos seus computadores.

A diretora da escola municipal, Claudiani Chaves, diz que a fossa séptica tem de ser esvaziada a cada quinzena para evitar transtornos. A internet, até agora, não fez falta aos alunos, já que os primeiros cinco computadores para o laboratório de informática chegaram apenas no fim de maio. Ela, no entanto, ainda não sabe como será a utilização das máquinas pelos alunos. "Na administração nós temos computadores com internet discada, mas no laboratório de informática ainda precisamos ver como vai ficar", acrescenta. O vilarejo não é atendido por nenhuma operadora de internet e nem mesmo possui estrutura para a conexão por rádio.

Os alunos têm acesso aos mesmos programas desenvolvidos na área urbana, como uniforme gratuito, viagens anuais a passeio pagas pela secretaria, quadra poliesportiva e área de recreação para a educação infantil. "Apesar da distância, muitos professores gostam de dar aulas aqui", comenta a diretora.

Segundo a pedagoga da UEPG Neide Keiko Kravchwchwn Cappelletti, o conceito de inclusão digital inclui o acesso igualitário para alunos da cidade e do campo. Ela lembra que a internet, assim como outros recursos pedagógicos, garante cidadania ao estudante.

A escola, segundo ela, precisa oferecer aos estudantes de maneira geral, independentemente do lugar onde moram, as mesmas oportunidades de conhecimento e de colocação futura no mercado de trabalho.

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