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Embora a automedicação não seja problema exclusivo do Brasil, três fatores contribuem para que os índices sejam mais altos no país, na avaliação do farmacêutico Dirceu Raposo de Mello, ex-diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e atual presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ).

Mello começa pela propaganda massiva de fármacos, que pode influenciar tanto a prescrição médica quanto levar ao consumo por conta própria, sem receita. Depois, menciona a “automedicação responsável” preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e conclui com a dificuldade de acesso a serviços de saúde no país. A isso tudo, some-se a facilidade de acesso a medicamentos.

Foi na passagem de Mello à frente da Anvisa, entre 2005 e 2011, que a agência reguladora começou a impor restrições à propaganda de medicamentos. Nessa época também foram iniciadas as discussões para outras mudanças que viriam numa resolução de 2012 da Anvisa. Desde então, remédios vendidos sem prescrição médica, como antitérmicos, analgésicos e digestivos, passaram a ter de ficar atrás do balcão (perto daqueles vendidos com receita) e não mais dispostos em gôndolas nas farmácias. (MK)

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