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A federação que representa os caminhoneiros autônomos do país inicia hoje uma campanha de prevenção contra a gripe A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. Segundo Diumar Bueno, presidente da Federação Interestadual dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Fenacam), que tem cerca de 1 milhão de filiados, a categoria corre riscos por estar em constante viagem e dificilmente procurar o médico. Entre as 15 mortes do Brasil por causa da nova gripe, três foram de caminhoneiros.

A primeira morte foi a do caminhoneiro Vanderlei Vial, 29 anos, em Passo Fundo (RS). Durante uma semana, ele esteve na Argentina a trabalho, onde teve febre, tosse e dor muscular. Somente depois de quatro dias, quando voltou ao Brasil, é que foi internado. A quinta vítima da doença no Brasil também era caminhoneiro: Dirlei Pereira, 35 anos, de Uruguaiana (RS), que esteve na Argentina. Ontem, foi confirmada a morte de um caminhoneiro de São Borja que havia viajado para a Argentina.

"A campanha vai dar um primeiro alerta aos caminhoneiros e, ao mesmo tempo, cobrar das autoridades da área de saúde que haja trabalho direcionado aos caminheiros, principalmente aos que viajam próximo à região de fronteira", afirma o presidente da Fenacam.

Uma cartilha com orientações será entregue aos caminhoneiros e haverá a distribuição de máscaras de proteção. A campanha também quer reforçar a importância de se procurar o médico no caso da suspeita da gripe A. "O caminheiro é um profissional que procura muito pouco qualquer atendimento de saúde em função da sua profissão. Ele sempre está comprometido ou com a viagem ou com descarregar ou em fazer a manutenção do caminhão", diz Diumar Bueno.

Segundo o caminheiro autônomo José Raimundo Cavalcanti, os colegas de profissão geralmente só vão ao médico quando estão na sua cidade de origem. Por causa do risco da nova gripe, Cavalcanti está evitando viagens à fronteira. "Já quem é empregado, o patrão manda e tem que ir."

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