Moradores da badalada praia de Canasvieiras, no litoral norte de Florianópolis, têm realizado protestos frequentes nas últimas semanas contra a presença de mendigos nas vias públicas e na faixa de areia. Eles afirmam que os moradores de rua sujam a cidade e afastam os turistas. Com cartazes e palavras de ordem, exigem que a prefeitura tome alguma providência. "A temporada está chegando. Precisamos limpar nossa praia para receber os turistas", escreveu em uma cartolina o instalador hidráulico Ailton DÁvila, 54 anos.
A insatisfação dividiu opiniões na ilha e provocou inclusive um movimento "pró-mendigos", que acusa a vizinhança de Canasvieiras de querer promover "uma faxina social". Na quarta-feira, manifestantes pró e contra os moradores de rua se cruzaram e houve xingamentos, mas sem agressão física. O bate-boca é só um exemplo da polêmica que o assunto provocou na cidade.
No mesmo dia, a prefeitura lançou um conjunto de medidas para apaziguar o que chamou de "movimento de incitação à violência" contra os mendigos. A gestão municipal criou na região uma base operacional com funcionários das secretarias de Saúde, Assistência Social e Serviços Públicos. Também anunciou para a próxima quinta-feira um mutirão de emprego e outro de emissão de documentos.
Segundo o secretário de Assistência Social, Alessandro Abreu, há em Canasvieiras cerca de 50 moradores de rua "vindos de todos os lugares do Brasil". A maioria é homem e usa crack. No verão, esse número costuma aumentar. Segundo o secretário, o município tem vagas disponíveis em abrigo, mas os moradores "preferem a rua". A Polícia Militar monitora os protestos, mas considera a questão um problema social.
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