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Uma força-tarefa composta por órgãos federais e estaduais de saúde deve ser montada nesta segunda-feira (24) para investigar e analisar os riscos da contaminação de água por urânio na região de Caetité e Lagoa Real, no sertão da Bahia, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo na edição de sábado (22).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo (23) que vai procurar a Superintendência de Vigilância Sanitária e Saúde da Bahia para tomar atitudes em relação ao consumo de água radioativa. O trabalho também deverá ter o apoio da Secretaria de Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde.

O objetivo é auxiliar o órgão estadual de vigilância em um levantamento das situações de risco à saúde da população, identificando poços que possam ter água contaminada com alto teor de urânio.

A Comissão Paroquial de Meio Ambiente (CPMA), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Associação Movimento Paulo Jackson, Ética, Justiça, Cidadania vão pedir ao Ministério Público Federal (MPF) na Bahia a instauração de uma ação contra a Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

“Após a admissão pública da contaminação da água por urânio na região de influência da mineração, esperamos que, finalmente, as autoridades competentes, especialmente Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e MPF, tomem as providências cabíveis, requeridas há tanto tempo pelas populações afetadas pela mineração de urânio na Bahia”, disse Zoraide Vilasboas, presidente da Associação Movimento Paulo Jackson.

No sábado, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama notificaram a estatal INB após denúncia de contaminação de urânio no poço de uma família de Lagoa Real. A decisão foi tomada a partir de informações de reportagem do jornal, as quais demonstram que a INB não comunicou ao governo federal que havia encontrado água contaminada na região. O Ibama determinou o bloqueio dos poços até que se investigue a qualidade da água consumida pela população. A INB poderá ser multada por omitir a informação.

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