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O número de boletins de ocorrência contra o fotógrafo Albari Ferreira, que fechou o estúdio em Curitiba na sexta-feira e está desaparecido desde então, subiu de 20 para 35 registros em um dia. Segundo o delegado Vilson Alves Toledo, da Delegacia de Crimes contra a Economia e Defesa do Consumidor, onde as queixas são registradas, a quantidade de vítimas deve passar de cem. "Um dos fotógrafos terceirizados dele já tinha contrato para prestar serviço até o fim de 2011", justifica o delegado.

No inquérito policial há informações de cobranças indevidas por parte de Ferreira, de emissão de cheques sem fundo e, principalmente, de falta de entrega do material aos clientes. O delegado Toledo afirma ainda que está caracterizado o crime de estelionato, com pena prevista de 1 a 5 anos de reclusão e multa. "É um golpe, uma fraude [que foi feita] utilizando de um artifício que foi o estúdio fotográfico", diz o delegado.

Ferreira é especializado em fotos para casamento e dizia estar há 20 anos no ramo. Na loja vizinha ao estúdio dele, no bairro Alto da XV, cerca de 80 casais que teriam sido lesados deixaram seus nomes em uma lista. Os clientes que já casaram temem ficar sem as fotos da cerimônia. Já os casais com data marcada para a celebração estão contratando outros profissionais e reclamando do prejuízo.

As investigações policiais também apontam que Ferreira abriu filiais em outros estados. O engenheiro eletricista Sandro Mauro Ferrari é um destes clientes. Morador de Joinville (SC), Ferrari conheceu o serviço do fotógrafo em uma feira de noivas na cidade. Casou no fim de maio e está preocupado com a possibilidade de não receber as fotos da cerimônia. "Tenho um e-mail em que ele fala que entregaria nesta semana ou na semana passada um CD com fotos. Comecei a ligar para ele. Nenhum telefone atendia", diz o engenheiro. A reportagem tentou entrar em contato com o fotógrafo, mas ninguém atendeu os telefonemas.

Serviço:

Queixas estão sendo registradas na Delegacia de Crimes contra a Economia e Defesa do Consumidor (Rua Ermelino de Leão, 513, Alto São Francisco). Telefone (41) 3883-7100.

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