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Cerca de 1,7 mil alunos da rede estadual de ensino em Foz do Iguaçu que dependem do transporte escolar não terão mais o serviço à disposição a partir da semana que vem. O prefeito Paulo Mac Donald Ghisi foi um dos que decidiram não renovar o convênio com o governo por considerar insuficientes os recursos repassados e por entender que as verbas do município devem ser investidas em obras públicas e serviços próprios.

Para manter o transporte dos alunos no ano passado, a prefeitura alega ter gastado cerca de R$ 1,5 milhão na contratação de 29 ônibus, duas vans e uma kombi, de três empresas particulares. Em contrapartida, se­­gundo o prefeito, o governo re­­passou no mesmo período apenas R$ 331 mil. Para dar conta da demanda da rede municipal, com 480 alunos na área rural, seriam necessários apenas 11 ônibus e duas vans. No total, a frota percorre 32,8 mil quilômetros por mês, uma média de 1,5 mil por dia.

Os sinais de que o convênio não seria renovado foram dados ainda no ano passado. No dia 15 de setembro, a Secretaria Mu­­nicipal de Educação enviou comunicado à Secretaria de Estado da Educação (Seed) e às três empresas que prestavam o serviço na cidade avisando que o período estipulado para a formalização de um acordo entre a prefeitura e o governo seria de 30 dias, o que acabou não acontecendo. Mesmo sem entendimento, o transporte foi retomado até o encerramento do ano letivo.

Ainda segundo a prefeitura, nos últimos nove anos, de 2002 a 2010, os recursos municipais para esse serviço somaram R$ 5,8 milhões, enquanto o estado destinou R$ 2,7 milhões. A secretária de Educação de Foz, Joane Vilela, explicou que por causa dos valores investidos no transporte escolar da rede estadual foram suspensas as obras de reforma e ampliação de duas escolas municipais.

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