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Curitiba é a sede de um esquema de fraude em bombas de combustíveis. Consumidores em outras duas capitais – São Paulo e Rio de Janeiro - também teriam sido lesados. A fraude é feita com o auxílio de um controle remoto. A denúncia foi apresentada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, na noite de domingo (8).

A irregularidade foi comunicada ao governador Beto Richa e ele determinou que seja investigado se funcionários públicos participaram do esquema.

O golpe dificilmente é percebido pelo consumidor. A bomba de combustível é fraudada com o auxílio de uma placa eletrônica. O mecanismo irregular seria ligado e desligado – em caso de fiscalização – com apenas um toque no botão de um controle remoto. Quando acionado, a bomba abastece com menos combustível do que o que consta no painel do equipamento.

Cléber Salazar, que seria o operador do esquema denunciado, afirmou que a fraude está em funcionamento em 30 ou 40 postos de Curitiba.

De acordo com o Fantástico, não adianta conferir a marcação na bomba. O consumidor não leva a quantidade que pagou e que supostamente está indicada no equipamento. Os consumidores foram lesados em até 1,4 litros em cada 20 litros abastecidos, de acordo com a reportagem.

Salazar foi ouvido pela reportagem do Fantástico e negou que haja adulteração. Ele disse que tem autorização para mexer nas bombas de combustível.

A Delegacia de Estelionato afirmou que investiga o caso e que outras duas pessoas são suspeitas de gerenciar o esquema. A informação foi divulgada pelo telejornal RPCTV 1.ª edição desta segunda-feira (9). Donos de postos de combustíveis eram coniventes com a fraude.

Empresa foi aberta para descobrir golpe

Uma empresa foi aberta para que o Fantástico pudesse descobrir o golpe. O repórter se passou por um dono de posto de combustível interessado em comprar as placas eletrônicas para o golpe. Dessa forma, ele conseguiu descobrir detalhes de como ocorria o esquema. O preço cobrado era de R$ 5 mil por cada bomba fraudada (cada equipamento que recebia a placa eletrônica).

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