Após cinco dias de operação-tartaruga, os funcionários da central de esterilização do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba, ligado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), ainda aguardam a instalação de um sistema de climatização no setor. A limpeza e a esterilização de material hospitalar estão reduzidas pela metade e os trabalhadores reclamam da exposição à altas temperaturas. Em nota, o HC informou que um equipamento está sendo fabricado e deverá ser instalado hoje.
Uma reunião entre os funcionários da central está programada para segunda-feira, às 8 horas. Carla Cobalchini, diretora de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), afirmou que os trabalhadores vão avaliar se as reivindicações foram atendidas. "Caso contrário, pode haver uma paralisação em 100% dos serviços", disse Carla.
O protesto já afetou exames e consultas. Porém as cirurgias que já estavam agendadas ainda não teriam sido afetadas, pois há estoque de material esterilizado. O HC afirmou que a situação não comprometerá as cirurgias programadas do Centro Cirúrgico, havendo provavelmente somente alguns atrasos. As operações de emergenciais estão mantidas.
O HC possui duas máquinas, chamadas autoclaves, para fazer a esterilização, mas só uma está sendo usada no período do protesto. Os funcionários estão trabalhando por períodos de 45 minutos e permanecem por 15 minutos de braços cruzados. No setor trabalham 30 funcionários em três turnos, tanto servidores técnico-administrativos quanto contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar).
Nos turnos da manhã e da tarde a jornada de trabalho é de seis horas. Já durante a noite chega a 12 horas. Durante o período de trabalho, os funcionários ficam dentro de uma sala com temperatura de até 48°C.
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