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Fabricante chinesa que faz os icônicos táxis pretos de Londres querem, agora, fazer uma frota híbrida movida à bateria. Os primeiros veículos devem ser vendidos no fim de 2017. | Sammy Albon/Creative Commons
Fabricante chinesa que faz os icônicos táxis pretos de Londres querem, agora, fazer uma frota híbrida movida à bateria. Os primeiros veículos devem ser vendidos no fim de 2017.| Foto: Sammy Albon/Creative Commons

Apenas alguns dias após o novo prefeito de Londres, Sadik Khan, revelar novos planos para baixar os níveis de poluição do ar da cidade, a companhia chinesa dona da London Taxi Co., a Zhejiang Geely Holding Group Co. que fabrica os icônicos táxis pretos da megalópole britânica, levantou US$ 400 milhões (ou cerca de R$ 1,5 bilhões) por meio de um green bond (título financeiro voltado a ações sustentáveis e projetos de desenvolvimento climático) para um projeto para montar uma frota exclusivamente elétrica.

O investimento vai financiar o desenvolvimento do TX5, uma versão híbrida movida à bateria do clássico 1958 FX4, divulgado em outubro do ano passado durante uma visita do presidente chinês Xi Jinping à Inglaterra. “Isso é um marco para nós, não apenas em razão [do volume] dos fundos levantados, mas também em razão do motivo para isso”, disse Frank Li, CFO da companhia chinesa. “Nós vamos fazer um táxi limpo não apenas para o mercado do Reino Unido, mas um produto global que pode definitivamente crescer para ajudar a reduzir as emissões [de gases de efeito estufa] e oferecer um ambiente mais limpo para todos.”

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Um número crescente de investidores está colocando dinheiro em green bonds voltados para projetos que prometem acelerar a troca de um matriz energética poluente para outra renovável e limpa. Quase US$ 56 bilhões de investimentos verde devem ser firmados em 2016, superando os US$ 46 bilhões do ano passado, de acordo com a Bloomberg New Energy Finance, consultoria do grupo Bloomberg que analisa e fornece informações sobre acordos e investimentos envolvendo mudanças em matrizes energéticas.

Li disse que o acordo da Geely pode ser renovado até oito vezes, apesar de a companhia não ter planos para firmar outro green bond no futuro próximo. A companhia é a primeira fabricante global de automóveis negociar um título financeiro verde, de acordo com a Barclays Plc, que ajudou a coordenar esse tipo de mercado junto ao Banco Industrial e Comercial da China, ao Banco Merril Lynch e à Sociedade Generale S.A. Segundo a Barclays, o título, previsto para ser concluídos em 2021, tem juros de 2,75%, o menor para títulos já negociados em dólar na indústria automotiva chinesa.

Nas próximas duas semanas, a Geely vai se mudar para uma nova fábrica em Coventry, Inglaterra, onde vai começar a produção do TX5. Segundo Li, as vendas comerciais do novo modelo de táxi estão previstas para começar no último quadrimestre de 2017 – bem a tempo para colaborar para que Londres atinja a meta, prevista para janeiro de 2018, de admitir apenas novos táxis de emissão zero para a sua frota.

A fábrica será capaz de produzir 36 mil táxis elétricos por ano, quantidade bem acima dos atuais 23 mil veículos em circulação hoje em Londres. Li disse que a companhia já está negociando a venda desses veículos com outras mega cidades europeias.

Tradução: Fabiane Ziolla Menezes
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