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Governo prometeu 120 celas modulares até o fim deste mês, mas entregou 60. Na região metropolitana, superlotação continua | Jonathan Campos/Gazeta do Povo0
Governo prometeu 120 celas modulares até o fim deste mês, mas entregou 60. Na região metropolitana, superlotação continua| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo0

O governo do estado cumpriu exatamente metade da meta estipulada em janeiro para resolver o problema de lotação nas delegacias de Curitiba e região metropolitana. Entre janeiro e julho deste ano foram construídas 60 celas modulares no Centro de Triagem II, em Piraquara. Com as celas foram criadas 720 novas vagas e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) deu prioridade à realocação de detentos que antes ocupavam carceragens de distritos da capital.

A promessa feita pelo governador Roberto Requião e pelo secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, em janeiro, durante reunião da Operação Mãos Limpas, era de que até o fim de julho seriam construídas 120 celas, garantindo um total de 1.440 vagas. Segundo a assessoria de imprensa da Sesp, as outras 60 celas serão instaladas para atender às delegacias da região metropolitana. Destas, 30 já estariam reservadas para Colombo e a localização das de­­mais ainda está sendo decidida. No entanto, não há prazo definido para a instalação das celas. As delegacias de Colombo e do Alto Maracanã têm, juntas, capacidade para receber 40 detentos, mas costumam abrigar até o dobro disso. Outra situação preocupante é a da delegacia de Campo Largo, cuja instalação pode abrigar até 28 detentos, mas que, segundo a própria Sesp, contava com 64 presos até a última quarta-feira.

Alívio e espera

As celas modulares trouxeram alívio para 11 distritos policiais da capital. Carceragens superlotadas e que regularmente geravam rebeliões, como a do 11.º DP, na Cidade Industrial, e da De­­legacia de Furtos e Roubos, no Jardim Botânico, ou foram desativadas ou estão recebendo apenas presos provisórios, sem exceder a capacidade total. No entanto, pelo menos três delegacias continuam enfrentando problemas com lotação. O 12.º Distrito Policial, em Santa Felicidade, permanece recebendo novos detentos. Segundo levantamento da Sesp, 102 pessoas estavam detidas no local, que tem capacidade para abrigar 28 presos. O 9.° DP, no bairro Santa Quitéria, tem a única carceragem feminina da capital. Lá, 75 mulheres dividem espaço para 28. "Na verdade a rotatividade aqui é muito alta. Sempre tem alvarás de soltura chegando e presas sendo levadas para o sistema. Mas não tem jeito, se qualquer delegacia fizer um flagrante de mulher, ela virá para cá", explica o superintendente da Delegacia, Valdir Bicudo.

Outra carceragem que permanece lotada é a Delegacia de Fur­tos e Roubos de Veículos, em que mais de 100 detentos ocupam celas destinadas para 20 presos. De acordo com a Sesp, a Delegacia de Furtos e Roubos não irá mais receber presos.

Ainda segundo a secretaria, há um esforço permanente para evitar a lotação nas carceragens dos distritos de Curitiba. A Sesp dá o exemplo do 12.º DP que, entre maio e junho, foi esvaziado quatro vezes.

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