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Frente a surtos de sarampo em Pernambuco e no Ceará e à proximidade da Copa do Mundo, o Ministério da Saúde antecipou a campanha de reforço da vacinação contra o sarampo no Nordeste.

Para esse reforço e o monitoramento da cobertura vacinal, a pasta liberou nesta segunda-feira (17) R$ 3,8 milhões para 67 cidades das regiões metropolitanas de Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe - e, ainda, Porto Seguro (BA).

Desde antes do carnaval, as secretarias desses locais iniciaram a vacinação em massa de crianças com idades entre seis meses e cinco anos, independente de já terem sido vacinadas antes.

Esse reforço é feito em intervalos de cinco anos, no Brasil como um todo, e estava programado para 2015, diz a Saúde. Foi antecipado no Nordeste como parte do esforço de controlar a transmissão da doença na região - nas demais regiões, a situação é tida como segura.

Entre 1.º de janeiro e o último dia 7, o ministério registrou 101 casos de sarampo, exatamente a metade do total de casos registrados em 2013 - a grande maioria deles em Pernambuco e Ceará, estados que já realizaram a ampliação da imunização.

Metade dos casos nesses dois estados foi entre crianças menores de 1 ano - grupo que não é rotineiramente vacinado contra a doença.

Em 2012, o país teve dois casos de sarampo registrados; em 2011, foram 43; em 2010, 68; em 2009, nenhum.

A doença tem se manifestado de forma leve, e teve apenas uma morte registrada, em 2013, de um bebê que tinha complicações de saúde.

Segundo Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, não há necessidade de preocupação, porque o número de casos é pequeno, e as duas frentes de transmissão do vírus - tanto no Ceará quanto em Pernambuco - já foram encerradas.

Assim, diz ele, o país continua livre da chamada transmissão autóctone - quando há transmissão nacional sustentada, o que não ocorre desde o ano 2000. Assim, os casos de sarampo no país continuam todos vinculados a pessoas infectadas que vieram do exterior ou a brasileiros que foram ao exterior.

Barbosa afirma que não há recomendação para que o reforço da vacinação em crianças de outras regiões do país ou às que viajarem ao Nordeste. "O risco para quem vai a Pernambuco agora é o mesmo risco para quem vai a outro local, [a transmissão] está interrompida", diz ele.

Segundo Barbosa, nas demais regiões do país, o reforço da vacina deve ser dado no segundo semestre deste ano ou no primeiro de 2015.

A ampliação da vacina já foi dada a taxistas e pessoas que trabalham com turismo, como forma de minimizar o risco de casos trazidos do exterior - principalmente da Europa - durante a Copa.

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