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O Censo deste ano, que está entrando na fase final, mostra que algumas das principais cidades do interior do estado, como Londrina, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, não cresceram, nesta década, no ritmo esperado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As três cidades registraram, até o momento, população abaixo da prevista pelo IBGE para 2009. Em Londrina, a maior cidade do interior, a população estimada para este ano era de 510,7 mil habitantes, mas foram recenseadas 492,6 mil pessoas: 4,6% a menos. Ponta Grossa aparece com população de 305,5 mil pessoas: 3% abaixo do previsto.

Em Foz do Iguaçu, a diferença é ainda maior. O IBGE apontava a cidade como a quarta mais populosa do estado, com 325,1 mil habitantes. No entanto, somente 250,8 mil pessoas foram recenseadas: cerca de 23% a menos. Isso posiciona Foz na sétima colocação no ranking estadual, com menos habitantes do que Cascavel (282,8 mil) e São José dos Pinhais (254,5 mil), por exemplo.

Maringá, no Noroeste do estado, foi a única que cresceu em relação à projeção do IBGE. Foram 349,7 mil habitantes, 4,26% a mais do que o estimado para 2009.

O coordenador de subárea do IBGE em Foz do Iguaçu, José Carlos Koeche, explica que as projeções não foram confirmadas porque o índice de aumento da população na década de 1990 foi maior do que nos últimos dez anos. "Foi um crescimento diferenciado. Entre os censos de 1991 e 2000, Foz teve um aumento de 68 mil moradores. E essa taxa de crescimento foi aplicada nos últimos anos, mas não se concretizou".

O coordenador ressalva que, mesmo com população menor, as cidades não devem sofrer prejuízos no repasse de recursos, pois a faixa do Fundo de Parti­­cipação dos Municípios (FPM) não muda para as cidades com mais de 156 mil habitantes.

Em todas essas cidades, o trabalho dos recenseadores já terminou. A etapa final da contagem será feita pelos supervisores do órgão, a partir desta semana. Eles irão em busca dos moradores cujas residências estavam fechadas durante as visitas de campo. Isso significa que o número final de habitantes deve crescer pouco em relação aos dados atuais.

Paraná e Brasil

De acordo com o acompanhamento realizado no site do IBGE, 96% da população estimada no Paraná – ou 10,2 milhões de pessoas – já havia sido recenseada até quinta-feira (28), com 3,2 milhões de residências, o que equivale a 100% das casas habitadas. Cinco municípios ainda precisavam encerrar a coleta, segundo o sistema: Umuarama, Grandes Rios, Tibagi, Almirante Tamandaré e Curitiba, onde 90,6% da população (1,6 milhão) foi entrevistada.

Em todo o país, 185,3 milhões de pessoas (96,8% da população) já fazem parte dos dados do Censo, com 55,6 milhões (95,9%) das residências ocupadas. Os índices mais altos de população recenseada – comparada à estimativa apresentada em 2009 – estão nos estados de Tocantins (106,2%) Amapá (103,4%) e Rondônia (102,4%). Já os índices mais baixos estão sendo registrados na Bahia (93%), Rio de Janeiro (94,2%) e Minas Gerais (95,3%).

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