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Governador Beto Richa recebeu, nesta segunda-feira (17), o ministro da Saúde, Ricardo Barros | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Governador Beto Richa recebeu, nesta segunda-feira (17), o ministro da Saúde, Ricardo Barros| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa participou, na manhã desta segunda-feira (17), de um evento para celebrar o aporte de recursos do Ministério da Saúde no Paraná. Em seu discurso, entretanto, Richa acabou criticando a atuação dos sindicatos que representam as categorias em greve no estado e sobrou também para a atuação da imprensa. Segundo Richa, há jornalistas que querem fazer do Paraná um “Haiti”.

“O Paraná foi o único estado do Brasil a pagar o reajuste neste ano e não foi pouco. Pagamos 10,67%. E tem sindicatos que ainda instigam suas categorias. Se fazem isso aqui [No Paraná, onde parte do reajuste foi pago], imagina o que fariam em outros estados. Matariam os governadores?”, indagou o governador.

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Os professores do estado entraram em greve nesta segunda por tempo indeterminado. Eles reivindicam o cumprimento do acordo celebrado no ano passado para por fim a greve de então que já durava 44 dias. Naquela ocasião, o governo aprovou na Assembleia Legislativa um escalonamento do reajuste salarial do funcionalismo até 2017.

Pela legislação, em janeiro do ano que vem, seria paga aos servidores a inflação deste ano acrescida de 1%. Reportagem publicada na Gazeta do Povo já havia mostrado que a prioridade do executivo agora é zerar o passivo de progressões e promoções e postergar o reajuste do funcionalismo, que poderia ficar até mesmo para 2018.

Em seu discurso nesta manhã, Richa culpou a crise nacional para não honrar o acordo de março do ano passado. “Fomos inseridos neste contexto de má gestão e corrupção que quebraram o nosso país. Mas o Brasil agora vive um novo momento a partir do governo Temer e com esta parceria e respeito que passa a existir com o Paraná”.

No discurso de Richa, também sobrou para a imprensa. “Não quero brigar com a imprensa porque têm muitos aqui do Paraná que não fazem daqui um Haiti”. A menção à imprensa apareceu fora de contexto no discurso. Como Richa não concedeu entrevista coletiva, não foi possível questioná-lo sobre o que o motivou a fazer tal comentário.

Investimentos

As declarações de Beto Richa foram dadas durante a solenidade de apresentação de um aporte de recursos do Ministério da Saúde no Paraná. Serão mais R$ 54,5 milhões anuais para Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), Santa Casas e entidades filantrópicas.

Parte desses novos recursos, segundo o ministério, irá custear nove UPAs que já estão em funcionamento no estado (R$ 15,4 milhões), nos municípios de Arapongas, Francisco Beltrão, Guaíra, Ibiporã, Londrina, Pinhais, Pato Branco, Ponta Grossa e Telêmaco Borba. Além disso, R$ 39,1 milhões irão para a habilitação de 24 entidades filantrópicas, incluindo hospitais e Santas Casas e R$ 8,4 milhões em emendas a entidades assistenciais de saúde.

O investimento nas unidades filantrópicas faz parte de um pacote de aporte a 229 dessas unidades em todo o país, cujo total será de R$ 391,5 milhões anuais. Também estão sendo contempladas 81 UPAs em diferentes estados brasileiros, em um investimento total de R$ 145,3 milhões no orçamento do Ministério da Saúde.

O governo do estado também anunciou novos investimentos na área. De acordo com a assessoria da Secretaria Estadual da Saúde, o estado fará um investimento de R$ 5,1 milhões para aquisição de equipamentos de saúde destinados aos hospitais Santa Rita, em Maringá, e Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.

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