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São Paulo - Em um mês, a gripe suína matou, em média, duas pessoas por dia no Brasil. Ontem, com a morte de mais duas pessoas no interior de São Paulo, o país chegou a 63 casos confirmados desde o registro do primeiro óbito no fim de junho, no Rio Grande do Sul. O número corresponde a 7,5% das mortes causadas pela doença no mundo. De acordo com a Orga­­nização Mundial da Saúde (OMS), 816 óbitos foram registrados desde o surgimento da doença e 134,5 mil pessoas foram contaminadas.

As mortes no Brasil são em menor número do que as causadas pela gripe sazonal antes da chegada do inverno. Segundo informações do Datasus, 81 pessoas morreram no país em maio em decorrência da gripe comum. No sistema do Ministério da Saúde, ainda não existem dados de junho e julho em relação a essa gripe, mas os especialistas alertam que o perfil pode ter mudado e os casos de gripe suína terem matado mais.

Para o epidemiologista e diretor do Hospital Universitário da USP, Paulo Lotufo, o número de mortes deve continuar crescendo no país por pelo menos mais duas semanas. "Os casos fatais estão chegando agora à Região Sudeste, que é a mais populosa do país", explica. "Esse ciclo deve durar umas cinco semanas, assim como no México", acrescenta.

A análise da mortalidade da gripe suína em relação a pandemias passadas revela um comportamento menos letal do vírus da gripe suína. "Dividindo o número de casos pelo número de habitantes no mundo, temos um índice de 0,015", afirma o infectologista e diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, David Uip. "É muito menor do que as outras pandemias, mas de qualquer forma é importante", esclarece.

A América Latina é a região que registrou mais casos de gripe suína até agora, enquanto o continente americano tem quase 90% de todas as mortes causadas pela nova doença no mundo. Os dados são da Organização Pan-Americana e da Organização Mundial da Saúde.

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