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O Guarda Municipal de Curitiba Luis Ortigoza Lobo de França, conhecido como "Sagui", foi preso pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR na noite do último sábado (11) acusado de dar um tiro na perna de um rapaz na região do Largo da Ordem, no centro histórico da capital paranaense. Ortigoza teria atirado com uma arma particular durante uma briga para proteger amigos que estavam em um bar com ele. Segundo informações da PM, quatro colegas do guarda municipal são skinheads, conhecidos por incitar o ódio contra negros e homossexuais.

O guarda e os skinheads foram detidos e encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (CIAC/SUL). O guarda permanece detido na carceragem do Centro de Operações Policiais Especiais, o Cope da Polícia Civil. O nome e o estado de saúde da vítima não foram divulgados.

A confusão teria iniciado por volta das 22h30 de sábado em um bar na rua Almirante Barroso, no bairro São Francisco. "Quando nossas equipes chegaram ao local, encontraram a vítima ferida por arma de fogo na perna esquerda; o Siate foi acionado para encaminhá-la ao Hospital Evangélico", contou o major da PM-PR Bruno Soares, em nota distribuída pela corporação. Segundo ele, testemunhas disseram que um grupo de skinheads teria sido responsável pelos disparos.

Os policiais fizeram buscas na região e localizaram dois suspeitos perto da praça 29 de Dezembro. "Eles foram reconhecidos pelas testemunhas, admitiram estar no local da ocorrência, porém negaram os disparos, passando o endereço do possível suspeito", revelou o major. Os dois teriam então contado que o autor do tiro era "Sagui", que foi preso em casa, na rua Lysimaco Ferreira da Costa, no Centro Cívico.

Com ele, a PM apreendeu duas armas de fogo: um revólver Taurus calibre 38, pertencente à Guarda Municipal e uma pistola PT 638 Taurus, calibre 380. O major disse que o guarda confirmou ser o autor dos tiros. "Ele assumiu a autoria dos disparos contra a vítima no Alto São Francisco", frisou Bruno.

Investigação

O diretor da Guarda Municipal de Curitiba, Odgar Nunes Cardoso, informou que Ortigoza está de férias da corporação e que é considerado um servidor exemplar. "Dentro da guarda municipal, o trabalho dele é excelente", destacou. Ele refutou a hipótese de o guarda ser um skinhead. "Nós desconhecemos essa informação. A princípio não era com ele (a briga), era com os amigos dele."

O diretor reprovou a atitude e disse que o uso de uma arma é indicado apenas para proteção pessoal. "Em hipótese nenhuma se usa arma para se envolver em briga. Só em casos excepcionais, para a própria defesa. A ouvidoria da guarda abriu um procedimento e vamos acompanhar a investigação junto com a Polícia Civil", informou.

Segundo ele, o guarda está sujeito a penalidades que vão desde uma advertência, passando por suspensão ou até a demissão do cargo.

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