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Fundadores do Brasil Paralelo: mais de 10 milhões de espectadores por ano.
Fundadores do Brasil Paralelo: mais de 10 milhões de espectadores por ano.| Foto: Reprodução

O projeto Brasil Paralelo foi apresentado como um caso de sucesso durante a Acton University, evento internacional produzido pelo Instituto Acton, com sede nos Estados Unidos. Durante o segundo dia do evento, nesta quinta-feira (24), os fundadores da organização participaram de um painel em que foram entrevistados pelo jurista Jean Regina e por Marcus Boeira, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Henrique Viana, de 30 anos, Filipe Valerim, de 27, e Lucas Ferrugem, de 29, falaram sobre a origem do Brasil Paralelo, que surgiu em 2016. Depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o grupo começou a procurar referências históricas sobre os “pais fundadores” do Brasil, mas esbarrou na falta de conteúdo de qualidade sobre o assunto. Foi quando o trio decidiu lançar seus próprios documentários sobre a história do Brasil, baseados em entrevistas com estudiosos e com uma produção de alta qualidade técnica.

Hoje, o Brasil Paralelo é uma empresa de sucesso: são 200 mil assinantes pagos e aproximadamente 100 funcionários. Os vídeos atingem mais 10 milhões de espectadores por ano.

“Nossa missão é resgatar os bons valores, ideias e sentimentos no coração dos brasileiros”, explicou Viana. De acordo com ele, os vídeos produzidos pelo Brasil Paralelo tentam se contrapor à historiografia que, nas últimas décadas, descreve a fundação do país como um projeto motivado por meros interesses materiais. “Vendeu-se exaustivamente nas escolas, nas universidades, na mídia, para todas as pessoas, que o Brasil foi roubado pelos portugueses, que os portugueses mataram e estupraram os índios”, disse ele. “A gente cresce no Brasil se vendo como ladrões, invasores, como uma fraude”, afirmou.

De acordo com Lucas Ferrugem, o conteúdo produzido pelo Brasil Paralelo não pretende reescrever a história, mas mostrá-la livre de amarras ideológicas. “De vez em quando algumas pessoas perguntam: ‘Vocês fizeram um revisionismo histórico do Brasil?’ Eu digo que não. A gente ‘desrevisionou’”, afirmou. Também de acordo com ele, o grupo se vê como “divulgador” de conhecimento, e tenta juntar entretenimento com educação em seus vídeos.

Segundo Ferrugem, os fundadores do Brasil Paralelo não esperavam ter um impacto tão grande já nos primeiros anos de existência. “Eu vejo o brasileiro com uma gana de aquisição de conhecimento que é impressionante - nós estamos nos referindo a todas as classes sociais, econômicas, lugares do Brasil”, disse ele.

O evento

A Acton University teve início nesta quarta (23) e se encerra nesta quinta (24). O evento, anual, costuma ocorrer em Grand Rapids, no Michigan, mas está sendo realizado virtualmente por causa da pandemia.

A Gazeta do Povo é um dos patrocinadores da Acton University.

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