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Uma auditoria realizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, município que fica no Oeste do Paraná, apontou irregularidades no atendimento do Hospital Ministro Costa Cavalcanti. O estabelecimento particular é responsável pela prestação de serviços de alta complexidade ao Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.

De acordo com o levantamento, houve cobrança indevida em pelo menos dez casos de pacientes que realizavam tratamentos contra diversos tipos de câncer e já teriam falecido. Em uma das situações, o paciente José da Luz - morto em fevereiro do ano passado – tinha em seus registros cinco sessões de terapia hormonal após este período, todas cobradas pelo hospital.

Outra auditoria identificou mais 45 atendimentos irregulares, que foram realizados em 30 pacientes do setor de oncologia desde 2011. Os procedimentos somaram mais de R$ 100 mil, que segundo a direção do hospital já foram devolvidos à Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Esclarecimentos

Em nota enviada à Gazeta do Povo, a direção do hospital esclareceu que "esses erros ocorreram especificamente nos tratamentos de quimioterapia ambulatoriais por longo período, onde é solicitada a aprovação da Autorização de Procedimento Alto Custo (Apac) pela Secretaria Municipal de Saúde e que essa solicitação é realizada a cada três meses enquanto o tratamento não é concluído ou alterado.

A nota informa ainda que a detecção da falha de controle, o processo foi revisto imediatamente, com a implantação de "novos sistemas de controle que garantam a sua lisura, bem como foi sugerido uma revisão interna nas aprovações das Apacs pela Secretaria Municipal de Saúde, confrontando com informações de óbitos, visando ampliar o controle sobre o referido processo".

Nova auditoria

O Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) quer um detalhamento maior sobre os casos de cobrança indevida e uma nova auditoria está sendo realizada por servidores da Prefeitura de Foz do Iguaçu. O objetivo é apurar possíveis irregularidades em outras áreas como obstetrícia, cardiologia e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.

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