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Com receio da reação dos índios que participam de caminhada desde o início da semana, o superintendente estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Mato Grosso do Sul, Celso Cestari, decidiu suspender o expediente no órgão em Campo Grande nesta quarta-feira (5).

"Com esse conflito em Sidrolândia, por precaução, decidi suspender o expediente e manter apenas os gestores trabalhando", afirmou ele.

Cestari acompanhou no final da manhã desta quarta-feira o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na reunião com o grupo de índios e de sem-terras que fez caminhada de protesto e montou acampamento no Jóquei Clube de Campo Grande. No encontro com lideranças dos manifestantes, Cardozo afirmou que está em Mato Grosso do Sul pedindo que fazendeiros e índios façam uma trégua e procurem a paz no campo. Ele reafirmou que a presença da Força Nacional no Estado é justamente para pacificar e não confrontar.

O grupo é formado por cerca de 300 índios e sem-terra que saíram do distrito de Anhandui, a 50 quilômetros de Campo Grande, com o objetivo de ocupar a sede do Incra, no centro da cidade. Também por precaução, equipes da Polícia Militar estão em frente a sede do Instituto.

Os manifestantes iniciaram a caminhada em solidariedade aos terena, depois da morte de Oziel Gabriel durante confronto com as polícias na semana passada, durante desocupação da fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 72 quilômetros de Campo Grande. Eles cobram agilidade nos processos de assentamento e demarcação de terras.

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