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Santa Cruz do Capibaribe, no agreste pernambucano, e Ipojuca, no litoral sul, municípios de cerca de 70 mil habitantes, têm em comum a forte presença do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Isso só foi descoberto depois que suas prefeituras implantaram, neste ano, um projeto-piloto que utiliza o Sistema de Monitoramento e Controle Populacional do Vetor da Dengue (SMCP-Aedes), desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco. Para a coordenadora do projeto, Leda Regis, pesquisadora do Departamento de Entomologia da Fiocruz-PE. o problema do vetor da dengue no País "é mascarado".

O SMCP revelou que 93% das residências de Ipojuca e 100% das de Santa Cruz do Capibaribe são também moradias do mosquito. Pela estratégia usada pelo Programa Nacional de Controle da Dengue, a pesquisa larvária - os agentes de saúde visitam as casas para procurar visualmente as larvas do mosquito -, esse porcentual não chegava a 5% em Ipojuca e a 12% em Santa Cruz do Capibaribe.

"Além de maior sensibilidade para detectar o inseto, o sistema indica a quantidade de mosquitos e aponta as áreas mais críticas onde há mais possibilidade de as pessoas serem infectadas pelo vírus", explica. "Não há informação correta que ajude o gestor de saúde a enfrentar o problema.

O projeto-piloto, parceria da Fiocruz com o governo do Estado, avalia custos e viabilidade do SMCP. A estimativa é de que em um ano e meio será possível concluir uma avaliação consistente da nova estratégia, que poderá então ser estendida a outros municípios.

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