O presidente do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), Francisco de Assis Esmeraldo, defendeu a reciclagem energética do saco plástico como forma de dar uma destinação eficaz ao produto, considerado por ambientalistas agressivo ao meio ambiente. A entidade representa a cadeia produtiva do setor para promover sua utilização ambientalmente correta.
Segundo Esmeraldo, o Brasil recicla hoje 600 mil toneladas de plásticos descartáveis de todos os tipos por ano, o que corresponde a reciclar 21,5% de todo o plástico que é descartado. Isso é mais do que a média da União Européia, que é de 18,5%.
O problema gerado pelo plástico, segundo ele, não é acirrado na Europa porque lá é feita a reciclagem energética. "Plástico é petróleo, petróleo é energia. Logo, plástico é energia". O presidente do instituto argumentou que 1 quilo de plástico produz a mesma energia que 1 quilo de óleo diesel, "que é petróleo. E ninguém joga fora óleo diesel".
O Plastivida quer trazer esse conceito para o Brasil. Esmeraldo assegurou que se as sacolas plásticas distribuídas pelos supermercados forem fabricadas dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com espessura de 27 micra (um milésimo de milímetro), elas agüentam até 6 quilos de compras e não é necessário substituí-las por outro material. Atualmente, acrescentou, a espessura das sacolas plásticas caiu para até 14 micra, suportando somente 2 a 3 quilos de peso.
O Instituto Plastivida defende a redução do desperdício de sacolas plásticas no comércio, com um produto de melhor qualidade, e sua reutilização para outros fins, como o acondicionamento de lixo. Sacolas de pano têm, segundo Esmeraldo, várias desvantagens, entre elas o fato de que sujam, se contaminam e têm que ser lavadas, gastando água, sabão e energia. No caso do plástico, basta passar um pano e está limpo, lembrou.
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