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Jornalistas franceses e estrangeiros questionaram a neutralidade do BEA (Escritório de investigações e análises, na sigla em francês), órgão do governo francês que investiga o acidente do voo 447, durante entrevista nesta quinta-feira (2) na França.

A entrevista divulgou o relatório preliminar sobre a queda do avião, que mostrou que ele não explodiu no ar e foi destruído no impacto com a água. As causas do acidente continuam desconhecidas.

O questionamento da parcialidade do órgão francês ocorre porque a investigação envolve duas das maiores empresas francesas, a Air France e a Airbus.

Alain Bouillard, investigador-chefe da BEA, assegurou que o órgão "é e continuará sendo neutro" e lembrou que o órgão já realizou a investigação sobre o acidente do Concorde, em 2000, no qual a Air France também estava implicada. Na época, Bouillard propôs a suspensão da licença de voo do Concorde, que ficou no chão por mais de um ano.

Ele afirmou que atualmente não vê razões para fazer o mesmo com o Airbus 330, e acrescentou que as duas empresas colaboram com a investigação, fornecendo todas as informações necessárias.

Entrevista concorrida

Os jornalistas lotaram o auditório do BEA em Le Bourget, cidadezinha ao lado de Paris onde foi realizada a apresentação do relatório.

Muitos dos jornalistas tiveram que se sentar no chão porque não havia cadeiras suficientes, e os cinegrafistas se acotovelaram para conseguir os melhores ângulos de gravação.

Apesar da insistência dos repórteres, que pediam informações mais claras sobre causas e responsáveis do acidente, Alain Bouillard se manteve cauteloso nas respostas. O que mais se ouviu foi "ainda não temos elementos para responder a essa pergunta".

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