O ex-prefeito de São José dos Pinhais, Ivan Rodrigues (PSD), teve seus bens bloqueados liminarmente pela 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca local. Ele e outras 17 pessoas, incluindo os ex-secretários Armando Badou Raggio, de Saúde, e Miguel Amilton Gawloski, de Governo, foram denunciadas por improbidade administrativa pelo Ministério Público Estadual (MP). Ao todo, R$ 40 milhões em bens pertencentes aos réus e a uma empresa supostamente envolvida foram bloqueados.
O MP acusa os réus de participarem de esquema de fraudes em licitações no município entre os anos de 2009, quando Rodrigues assumiu, e 2012, quando foi derrotado em tentativa de reeleição. Ao todo, foram avaliados 33 processos com dispensa de licitação e três concorrências públicas, todas na área de Saúde.
Na maioria desses processos, o MP encontrou indícios de dispensa irregular. Além disso, quatro empresas que participaram desses processos de contratação eram relacionadas – ou seja, há indícios de que os processos foram “combinados”.
Também de acordo com o MP, houve superfaturamento de preços e pagamentos irregulares por serviços não prestados ou que não foram comprovados. O dinheiro recebido de forma fraudulenta seria repassado a empresas de fachada e usados para a compra de imóveis e outros bens, para “lavar” o dinheiro. Para chegar a essas informações, o MP quebrou o sigilo bancário e fiscal dos réus, e realizou escutas telefônicas.
Carreira meteórica
Rodrigues teve uma carreira meteórica na política de São José, na Região Metropolitana de Curitiba. Empresário, proprietário da EMIC, produtora de máquina de ensaios, ele entrou para a política em 2008, quando se candidatou à prefeitura do município. Apesar de aparecer na terceira colocação nas pesquisas, ele surpreendeu e venceu a disputa, por 2 mil votos de diferença. Em 2012, tentou a reeleição, mas ficou na terceira colocação.
A reportagem procurou Rodrigues e os dois secretários, mas eles não foram encontrados para comentar as acusações.
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