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Anísio da Beija Flor é um dos oito acusados presos ontem, no Rio | Thiago Lontra/Agência O Globo
Anísio da Beija Flor é um dos oito acusados presos ontem, no Rio| Foto: Thiago Lontra/Agência O Globo

Após cinco anos de investigações da Operação Hurricane, a Justiça Federal condenou ontem 24 pessoas envolvidas com exploração de jogo ilegal e pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha. Entre os condenados estão os contraventores Aniz Abrahaão David, o Anísio da Beija-Flor; Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão. Cada um foi condenado a 48 anos de prisão por chefiar uma quadrilha de caça níqueis e jogo do bicho no Rio de Janeiro e em Niterói.

Oito pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) após a publicação da sentença. Entre os presos está o Capitão Guimarães, ex-oficial do Exército e ex-presidente da Liga Independente de Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). Ele e outros cinco condenados foram encaminhados ao presídio Ary Franco, no Rio. Abrahão está sob custódia em um hospital particular da zona sul do Rio e Kalil está em prisão domiciliar, em Niterói, por causa da idade avançada e problemas de saúde.

A sentença também cita o ex-desembargador José Eduardo Carreira Alvim e o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Oliveira Medina. Eles são investigados pelo crime de corrupção passiva. Por causa do foro privilegiado, os magistrados são investigados em um processo independente que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os réus foram condenados em primeira instância pelos crimes de corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. As sentenças dos réus variam de 2 a 48 anos de prisão, de acordo com o envolvimento no esquema. Eles também foram condenados a pagar multas que, no total, chegam a R$ 92 milhões. Ainda cabe recurso.

Em abril de 2007, a Operação Hurricane prendeu 25 pessoas nos Estados do Rio, Bahia, São Paulo e no Distrito Federal. Eles foram apontados como a cúpula do jogo do bicho no Rio. Entre eles, estavam magistrados, procuradores, empresários, policiais federais e civis.

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