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Perícias realizadas nos telefones e computadores do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, assassinado em abril na cidade de Frederico Westphalen (RS), serão apresentadas em audiência que começou na manhã desta terça-feira (26), no fórum de Três Passos (a 389 km de Porto Alegre).

Serão ouvidas também 35 testemunhas do caso - 24 da defesa e 11 da acusação.

O resultado da perícia grafotécnica, que pode mostrar se a assinatura na receita médica usada para comprar o remédio midazolam, encontrado no corpo do menino, é do pai de Bernardo.

A receita estava em nome de Edelvânia Wirganovicz, que confessou ter participado do homicídio. A perícia sobre o local onde o corpo do menino de 11 anos foi encontrado também será apresentada.

A defesa do pai do menino tentou adiar a audiência, alegando que as perícias não constam nos autos do processo. O juiz Marcos Luís Agostini rejeitou o pedido, alegando que não existe impedimento legal para escutar as testemunhas.

"É claro que o resultado das perícias e os esclarecimentos necessários devem anteceder aos interrogatórios dos réus, o que será garantido por este juízo", escreveu o juiz, na decisão.

Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, não compareceram à audiência. Como os réus não seriam ouvidos, o juiz aceitou o pedido de dispensa da defesa. O casal precisa apenas comparecer à audiência em que serão interrogados.

Agostini determinou ao Instituto Geral de Perícias (IGP) que, no prazo máximo de 15 dias, encaminhe os laudos periciais à defesa dos réus.

A audiência não tem hora para terminar e pode ser retomada na quarta-feira (27), devido ao grande número de testemunhas a serem ouvidas.

O caso

O corpo de Bernardo Uglioni Boldrini, 11 anos, foi encontrado no dia 14 de abril dentro de um saco plástico em um matagal em Frederico Westphalen (a 364 km de Porto Alegre), cidade vizinha a Três Passos.

Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, admitiu participação no crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.

Leandro Boldrini, Graciele Ugulini e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público sob acusação de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. A denúncia foi aceita pelo juiz Marcos Luis Agostini em 16 de maio.

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