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Aluguel das magrelas custará R$ 5 por hora | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Aluguel das magrelas custará R$ 5 por hora| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

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Paris vive há 5 anos a revolução das bikes

Em Paris, revolução sobre duas rodas começou com a criação do Vélib’, sistema de locação de bicicletas

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Na prática

Confira como vai funcionar o serviço de locação

• O usuário precisa fazer um cadastro no próprio bicicletário ou pela internet, no site www.bicicletaria.net. O custo é de R$ 15. Cada pessoa pode locar quantas bicicletas precisar, mediante assinatura de um termo de compromisso. Em caso de furtos ou roubos, quem arca com o prejuízo é a bicicletaria.

• O aluguel será cobrado por hora, a um custo de R$ 5. As locações podem ser feitas no horário de funcionamento dos bicicletários, das 10 às 18 horas, todos os dias, inclusive finais de semana e feriados. Não é permitido pernoite com a bicicleta. Para fazer a locação, o usuário deve possuir cartão de crédito, que é a forma para debitar o pagamento, com um limite de R$ 500 para servir de caução, e celular habilitado.

• A devolução das magrelas pode ser feita em qualquer bicicletário administrado pela Bicicletaria.net, independentemente de onde o usuário fez a locação.

Vinte e uma bicicletas exclusivas, fabricadas em Taiwan, devem estar disponíveis para locação em Curitiba até o fim de janeiro, no Centro Cívico e no Jardim Botânico. Depois de três protótipos, a cidade vê sua bicicleta sair do papel de uma maneira que, teoricamente, proporciona conforto ao usuário a um baixo custo de manutenção. O problema, que pode limitar o uso do serviço em um primeiro momento, é a forma como o aluguel será feito: só mediante apresentação de cartão de crédito e número de aparelho celular.

Desenvolvida pela Bi­­ci­­cletaria.net em parceria com a norte-americana ONbikeshare, a frota piloto não utiliza correias nem graxa. Também não é preciso usar correntes ou cadeados para prendê-la. Por enquanto, só uma bicicleta está montada. As outras 20 ainda aguardam liberação da Receita Federal, para daí serem montadas e disponibilizadas para locação. O design único é uma aposta para evitar furtos ou roubos: como o modelo não é comercializado, e foi projetado especialmente para a capital, é fácil identificar a magrela.

Circulação

A ideia é que o usuário que alugue a bicicleta possa circular livremente pela cidade, com a possibilidade de entregá-la em um ponto diferente do qual pegou. "O objetivo é que ele tenha uma experiência positiva com a bicicleta em meio urbano, para repeti-la em outras ocasiões", comenta Rafael Milani Medeiros, sócio da Bicicletaria.net.

As bicicletas contam com rastreamento por satélite, que mostra a localização de cada uma em tempo real para os administradores e pode fornecer dados para o usuário ao final do percurso. Um dínamo, instalado na roda dianteira, ajuda a carregar a bateria do rastreador.

Para melhorar a experiência do usuário, a bicicleta foi feita pensando tanto nas pessoas que estão acostumadas a andar de bike quanto nas que não pedalam há anos. A reportagem da Gazeta do Povo fez um teste e deu algumas voltas com a magrela pela ciclovia do Centro Cívico. A bike rodou macia pelo caminho.

A geometria tem um quadro de alumínio, que é leve, e o guidão mais alto faz com que o ciclista pedale em uma postura bastante confortável. O selim é macio e ajuda a amortecer as trepidações. Na hora de pedalar, há três opções de marchas, leves ou pesadas, que são trocadas com facilidade. Além disso, o não uso de correias representa um passeio sem sujeira de graxa, nem enroscos nas roupas.

O tipo de freio escolhido, rolete, também permite que o sistema funcione mesmo que as rodas sejam entortadas. Além disso, os pneus da bike são antifuro. Quem quiser parar pelo caminho, tem um cadeado em forma de U preso ao quadro, que permite o travamento da roda e não atrapalha as pedaladas quando não é usado.

OpiniãoSistema semelhante deixou bicicletas às moscas em Blumenau

Rafael Waltrick, repórter de Vida e Cidadania

O sistema de aluguel de bicicletas surge, aqui e ali, como uma alternativa atraente de mobilidade. Mas surpreende que algumas lições básicas não estejam sendo levadas em consideração na hora de implantar o serviço.

Em Blumenau (SC), bicicletas foram colocadas para locação em setembro de 2009. Todos aplaudiram a novidade – do prefeito, o primeiro a testar as novas magrelas, aos ciclistas de fim de semana.

Mas alugar uma das 50 bicicletas disponíveis na cidade não era tão fácil. Primeiro, era necessário fazer um cadastro na internet. Depois, possuir cartão de crédito. Para liberar a bicicleta, era preciso ter crédito no celular – o sistema era automatizado por meio de uma central telefônica e a ligação era cobrada.

Resultado: mesmo com um custo baixo (R$ 3 a hora), o sistema ficou às moscas. Nos primeiros quatro meses, a média de locações não chegou a quatro por dia. Um ano e quatro meses depois, o serviço foi desativado. O motivo alegado foi a baixa procura devido à burocracia para retirar a bike.

Agora, é aguardar que o destino do serviço em Curitiba seja diferente. Ninguém quer uma bicicleta somente para decorar o parque.

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