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Há menos de um mês, uma perita civil de 45 anos foi a primeira mãe a romper o silêncio e denunciar à polícia do Rio o assédio de um pedófilo pela internet. A vítima era sua filha de 12 anos, chantageada durante cinco meses por um terceiro-sargento da reserva da Marinha, que acabou preso. Agora, a perita civil conta o drama que ela e sua filha viveram e defende que a luta contra a pedofilia não deve ser uma "guerra envergonhada". Ela planeja fazer um site para ajudar vítimas e pais que sofrem em silêncio.

A filha dela começou a ser assediada em julho, quando passava férias no Recife. No site de relacionamentos Orkut, um militar da reserva de 49 anos, morador de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, clonou o perfil de uma colega de escola da menina e a adicionou como amiga. A vítima aceitou e logo o criminoso teve acesso a dezenas de fotos da jovem e informações sobre a sua vida. Sempre se passando pela colega, o militar gravou um vídeo da menina e o editou como se ela aparecesse nua. Em troca da não divulgação do vídeo, a falsa colega pedia que a jovem mostrasse o corpo.

Sem saída, ela contou tudo para a mãe, que entrou em ação rapidamente. Procurou a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e os policiais a orientaram a manter conversas com o pedófilo até marcar um encontro. O conteúdo das conversas é impublicável. O militar da reserva foi preso no dia 28 de novembro ao ir ao encontro da menina no estacionamento de um supermercado em Nova Iguaçu (RJ). Ele foi o primeiro brasileiro indiciado na nova lei contra a pedofilia na internet.

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