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Desde a implantação da lei seca, 1.304 motoristas foram flagrados dirigindo embriagados nas estradas federais que cortam o Paraná. O volume de multas e de carteiras recolhidas pela Polícia Rodoviária Federal também aumentou.

Nos 12 meses antes da lei seca, a Polícia Rodoviária Federal havia recolhido 1.168 carteiras de motorista no Paraná e, desde a nova lei, o número subiu para 1.751. Segundo o inspetor Fabiano Moreno, da Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, a média de multas, que era de 50 por mês, aumentou para 150 nos últimos meses. O balanço oficial da lei seca será divulgado hoje pela corporação.

Risco

O risco de serem pegos numa blitz, segundo o professor de segurança em trânsito do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Akishino, faz com que muitos motoristas respeitem a lei. Desde 20 de junho do ano passado, o condutor flagrado dirigindo com concentração de dois decigramas de álcool por litro de sangue (ou 0,1 miligrama de álcool por ar expelido) perde o direito de dirigir por um ano e paga multa de R$ 955. Se a concentração passar de seis decigramas (ou 0,3 miligrama) a punição inclui prisão em flagrante.

Para o professor Akishino, a queda nas estatísticas não quer dizer que a lei seca "pegou" no Brasil, porque muitos fatores estão relacionados aos acidentes de trânsito, como erros humanos e problemas mecânicos. Ele considera que para acabar com a relação álcool e direção é preciso investir na educação para o trânsito. "Todos os países que reduziram os índices de acidentes de trânsito investiram na educação. O trânsito passou a ser disciplina nas escolas em todas as séries", afirma.

O engenheiro de tráfego Paulo César Marques, da UnB, afirma que é possível atribuir à lei seca a queda no número de mortes no trânsito porque a legislação foi a "novidade’’ no período. "A sociedade entrou na discussão."

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