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Manifestantes tomam as escadarias do prédio histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Manifestantes tomam as escadarias do prédio histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade| Foto: GAZETA
  • Manifestantes protestam contra a PEC 37 no Centro de Curitiba neste sábado (22)
  • A promotora Carla Nacarini protesta pelo direito de investigação do MP
  • Manifestantes levaram cartazes contra a PEC 37 ao protesto
  • Manifestantes pedem que MP não perca poder de investigação
  • Depois do ato, os manifestantes vão ao Centro Cívico ajudar a limpar a destruição causada pelo confronto da sexta-feira (21)

Cerca de mil pessoas participaram de protesto contra a PEC 37 em Curitiba na manhã deste sábado (22). A concentração começou na Boca Maldita às 10 horas e caminhou até a Praça Santos Andrade. Os manifestantes também recolheram assinaturas para um abaixo-assinado contra a PEC 37, a proposta de emenda à Constituição que tira o poder de investigação do Ministério Público (MP) e o concentra nas polícias.

Depois do ato, um grupo de cerca de 50 manifestantes foram ao Centro Cívico para ajudar na limpeza da destruição causada durante o protesto desta sexta-feira (21). Estações tubo, prédios públicos e particulares, lojas, restaurantes orelhões e lixeiras foram depredados no confronto entre manifestantes e a polícia.

Um grupo de estudantes tentou limpar uma pichação em um painel do Palácio Iguaçu, com vassouras e produtos de limpeza emprestados de moradores da região.

"Queremos deixar a cidade bonita, por isso temos que ajudar a resolver os problemas", disse Angelaine Lemos, estudante de Direito. A cobradora de um dos tubos que foi depredado na sexta-feira (21) estava no local, sem poder trabalhar.

O ato foi pacífico e não houve registro de ocorrências. Mesmo assim, algumas lojas da XV de Novembro fecharam as portas com medo de tumulto.

O protesto contra a PEC 37 acontece neste sábado em outras 28 cidades do país. No Paraná, além da capital, protestos também ocorrem em Maringá, Telêmaco Borba e União da Vitória. A intenção dos organizadores é fazer um novo ato no dia 06 de julho, às 10 horas, também na Boca Maldita.

Um dos organizadores afirma que o protesto tem menos participação por conta dos confrontos desta sexta-feira. "A população se sentiu acuada e hostilizada de participar por medo da violência que aconteceu ontem", afirma Luan de Rosa e Souza, coordenador nacional do Dia do Basta. Ele reitera que a manifestação é pacífica.

Durante o percurso, o grupo se concentrou em rodas e abriu o megafone para os participantes falarem. "Saímos do gabinete em função desse perigo [a aprovação da PEC]. O Paraná está dando exemplo civil à população. É preciso mostrar para os políticos que estamos insatisfeitos. O povo não pode ser prejudicado e o MP sempre deve estar em função da população", disse no megafone a promotora Carla Nacarini.

A proposta

Se aprovada, a PEC 37 vai alter o Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública. A ele seria acrescido o seguinte item: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente".

Diante da tramitação da PEC na Câmara dos Deputados, a proposta gerou uma onda de protestos – que na última semana foram levados às ruas junto a outras reivindicações – sob o argumento de que o projeto, ao barrar investigações por parte do MP, vai beneficiar criminosos.

A proposta seria votada na próxima quarta-feira (26), mas foi adiada por falta de entendimento entre membros do Ministério Público e da Polícia Federal. Ela deve voltar à pauta somente no segundo semestre.

Manifestantes pedem que PEC 37 não seja aprovada

Manifestação começou por volta das 10h na Boca Maldita. Grupo protestou contra a emenda que tira o poder de investigação do Ministério Público. Depois, seguiram até o Centro Cívico para ajudar a limpar a destruição causada pelo protesto de sexta-feira (21).

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