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Grupo deixou rosas em pontos onde ocorreram homicídios neste ano no bairro | Walter Alves/Gazeta do Povo
Grupo deixou rosas em pontos onde ocorreram homicídios neste ano no bairro| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

O bairro São Francisco anoiteceu diferente ontem. Moradores, comerciantes e frequentadores do lugar abraçaram simbolicamente o bairro de Curitiba, no quarteirão próximo à Rua Paula Gomes, em um manifesto pacífico. Todos querem chamar a atenção, mais uma vez, para os problemas do São Francisco: drogas, pichações, insegurança.

O ato coletivo faz parte do projeto "Todos São Francisco", desenvolvido pela comunidade com apoio do programa Redes de Desenvolvimento Local, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e pelo Serviço Social da Indústria. Além do abraço, os manifestantes caminharam pelas ruas e o percurso teve direito a cortejo com o grupo Maracatu e velas para iluminar os caminhos históricos. Na passagem, foram deixadas rosas em quatro pontos onde ocorreram homicídios neste ano.

A insegurança, segundo o presidente do conselho de segurança do Setor Histórico, Roberto Kaiser, ainda é o maior problema. Já para o proprietário de um dos bares da região, Arlindo Ventura, o São Francisco precisa mesmo é mudar a sua imagem perante o público. Ventura se engajou no projeto junto com outras 110 pessoas.

Para o próximo mês, os grupos envolvidos querem mostrar na prática como melhorar o bairro histórico: farão a arborização de algumas áreas, levarão para o lugar campanhas sobre a guarda consciente de animais e vão propor ações para o projeto "São Francisco Sem Crack", para desenvolver um trabalho social com os usuá­­rios. Uma festa também selará o pacto de mudanças desejadas. "Todos sabemos que é importante preservar a história que o bairro tem", afirma o agente de desenvolvimento local, Ticiano Miranda.

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