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Ato reuniu cerca de 30 pessoas em frente da prefeitura | Antonio More/ Gazeta do Povo
Ato reuniu cerca de 30 pessoas em frente da prefeitura| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Protesto

Ato convocado pelo Passe Livre termina com violência em SP

Ato do Movimento Passe Livre (MPL) feito na noite de ontem, em defesa da gratuidade do transporte público, terminou em confronto com a Polícia Militar e destruição no centro de São Paulo. Manifestantes invadiram o Terminal Parque Dom Pedro 2º e quebraram dez ônibus e bilheterias. Mangueiras de incêndio foram arrancadas, orelhões, danificados e 17 caixas eletrônicos, depredados. Houve registro de assaltos a lojas e quatro pessoas foram detidas com coquetel molotov. No meio da confusão, um tenente-coronel, cujo nome não foi divulgado, perdeu sua arma e foi atingido na cabeça, provavelmente por uma pedra. A concentração para o protesto começou às 17h, no Theatro Municipal. Durante duas horas, o ato – que encerrou a chamada Semana de Luta por Transporte Público – percorreu pacificamente a Ligação Norte-Sul, causando congestionamento.

Em comemoração ao Dia Nacional de Luta Pelo Passe Livre, celebrado hoje, a Frente de Luta pelo Transporte (FLPT) de Curitiba promoveu uma aula pública sobre as reivindicações do movimento, na tarde de ontem. O ato pacífico teve início às 14 horas e reuniu cerca de 30 pessoas na rampa principal de acesso à prefeitura da capital, no Centro Cívico.

Antes da aula, os jovens pintaram faixas com frases de ordem e ensaiaram uma paródia de um funk, pedindo a redução da tarifa do transporte coletivo. "Se o TCE disse que dá, eu quero R$ 2,25 já!", dizia um dos gritos de guerra, em referência ao parecer do Tribunal de Contas sobre o preço do ônibus em Curitiba.

Responsável pela aula pública, que teve início por volta das 15 horas, o professor aposentado de economia da UFPR Lafaiete Neves defendeu o passe livre a estudantes e desempregados, sem o aumento da tarifa atual. Segundo ele, isso é possível se os empresários do transporte coletivo passarem a arcar com o custo dos 3,5 milhões de passageiros já isentos por lei – idosos, funcionários do Correio, da Guarda Municipal e do próprio sistema de transporte.

Durante o ato, três membros do movimento entraram no prédio da prefeitura para protocolar um pedido de audiência pública com o prefeito. Eles foram recebidos pelo secretário de governo, Ricardo Mac Donald Ghisi. "Ele nos garantiu que, até terça-feira, nos darão uma resposta, marcando uma audiência com o prefeito", disse Luís Fischer, membro da FLPT. Por volta das 16 horas, os integrantes do movimento foram até a Boca Maldita, onde realizaram panfletagem.

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