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Em resposta à ação da polícia, militantes fizeram barricadas com sacos de lixo | REUTERS/Paulo Whitaker
Em resposta à ação da polícia, militantes fizeram barricadas com sacos de lixo| Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

No Rio, mil pessoas interditam a Presidente Vargas

Mais de mil pessoas interditam a avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, durante protesto contra a realização da Copa do Mundo que começou no fim da tarde desta quinta-feira, 15, e continuava até as 19h. Convocada pela internet, a manifestação também reúne vigilantes e professores, que estão em greve.

Leia a matéria completa.

PM de Fortaleza apreende estilingues e bombas caseiras

Em Fortaleza, dezessete manifestantes foram detidos e liberados após revista feita pela Polícia Militar. Nas mochilas, os policiais apreenderam estilingues e bombas caseiras. Por volta das 16h, houve confronto entre manifestantes - em sua maioria estudantes - e policiais.

Após a intervenção policial, muitos manifestantes buscaram refúgio dentro do Instituto Federal do Ceará (IFCE), ponto inicial do protesto. O grupo voltou a se reunir na Avenida 13 de Maio, onde foram montadas barricadas. Até o inicio da noite, policiais mantinham o bloqueio no trânsito e os estudantes permaneciam reunidos em assembleia no interior do IFCE.

  • Manifestantes queimam álbum da Panini
  • Segundo a Polícia Militar, cerca de 1,2 mil pessoas participam da manifestação
  • Loja depredada
  • Agência bancária destruída pelos manifestantes
  • Manifestantes levam cartazes que alertam para o perigo durante a Copa

Policiais e manifestantes entraram em confronto por volta das 19h de hoje (15) durante protesto contra os gastos da Copa do Mundo, em São Paulo. A Polícia Militar disparou bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão, que caminhava pela Rua da Consolação, no centro da capital.

Veja imagens dos protestos.

Houve bastante tumulto e corre-corre. Um grupo de manifestantes pichou alguns portões e tentou invadir uma loja. Em resposta à ação da polícia, militantes fizeram uma barricada na Rua da Consolação, ateando fogo a sacos de lixo.

Alguns seguiram o trajeto previsto e foram em direção ao Estádio do Pacaembu. Outros foram em direção à Rua Augusta, onde atearam fogo a sacos de lixo para fazer barricadas. Lojas e agências bancárias foram depredadas. A PM deteve sete pessoas suspeitas de danos ao patrimônio.

O ato foi marcado para as 17h, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Os manifestantes ficaram concentrados por cerca de duas horas no local, até que saíram em caminhada pela Rua da Consolação, onde o confronto teve início. Segundo a Polícia Militar, cerca de 1,2 mil pessoas participaram da manifestação.

Antes que a caminhada começasse, a Polícia Militar informou ter detido 20 pessoas, suspeitas de aderir à tática black bloc, que estariam portando coquetéis-molotovs e martelos. Os manifestantes foram detidos na Rua Augusta e acredita-se que eles iriam participar do ato contra a Copa.

Entre os manifestantes há, além dos Coordenadores pelo Comitê Popular da Copa, os militantes do Junto (juventude do PSOL) e os integrantes do movimento "Se não tiver direitos não tem Copa". Há também alguns jovens integrantes do MPL (movimento do Passe Livre) e "black blocs".

Outro grupo presente é o Território Livre, grupo que pede o cancelamento da Copa. A principal bandeira desses militantes, formados por jovens universitários, é o fim da repressão policial e melhorias de vida para a juventude.

Professores

Outras 8.000 pessoas, segundo estimativa da PM, caminharam pela 23 de Maio. Esse ato reuniu professores municipais, que estão em greve desde 23 de abril. O grupo protestou no início da tarde na frente da Secretaria Municipal de Educação e, sem acordo, iniciou passeata em direção à prefeitura, na região central.

Os profissionais de educação pedem incorporação imediata do abono de 15,38% anunciado pelo governo. Além disso, a categoria pede que a prefeitura responda às demais reivindicações que incluem melhores condições de trabalho, fim das terceirizações, não implementação do Sistema de Gestão Pedagógica, entre outros.

Segundo o Sinpeem, maior sindicato da educação municipal, a prefeitura aceita discutir a incorporação apenas a partir de 2015, o que a categoria rejeita. Na semana passada, os professores chegaram a propor à administração municipal a incorporação escalonada começando agora e terminando em 2015, mas a proposta foi negada.

A prefeitura diz não ter recursos para a incorporação neste ano. O projeto de bônus de 15,38% ao piso, anunciado na semana passada pela prefeitura, prevê a incorporar do percentual aos salários a partir de 2015, de forma escalonada e sem definir a forma como ocorrerá.

Manhã

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizou na manhã desta quinta-feira, 15, cinco protestos na capital paulista. Os locais escolhidos foram Radial Leste, em frente ao Itaquerão; na Marginal Pinheiros perto da Ponte João Dias; na Marginal Tietê próximo à Ponte Estaiadinha; na Avenida Giovana Gronchi, perto do Shopping Jardim Sul; e na região da Ponte do Socorro.

Na zona leste, cerca de dois mil integrantes do MTST participaram nesta manhã de uma manifestação em Itaquera, na Radial Leste, próximo à Estação Corinthians-Itaquera e à Arena Corinthians (Itaquerão). Os manifestantes queimaram pneus e houve uma rápida tensão com um policial que tentou impedir a ação. Uma nuvem enorme de fumaça preta tomou a via enquanto os manifestantes gritavam "A Radial é nossa" e outras músicas a favor de moradias populares e contra a Copa do Mundo. Uma linha de policiais militares com escudo foi formada a cerca de 200 metros da concentração dos manifestantes, mas não houve confronto.

"Nosso objetivo não é chegar ao estádio para não haver provocação. Deixamos isso bem claro inclusive para a torcida organizada do Corinthians que veio nos procurar. Nosso objetivo é chamar atenção para as nossas reivindicações", explicou um dos líderes do MTST, Guilherme Boulous.

A interdição da Radial Leste, sentido centro, durou pouco mais de duas horas, até que os manifestantes marchassem de volta para a ocupação "Copa do Povo", próxima ao Parque do Carmo, de onde partiram por volta das 8h da manhã.

Outros pontos

Um grupo de manifestantes bloqueou com pneus queimados faixas da rodovia Anhanguera, na altura do limite entre São Paulo e Osasco, no sentido à capital paulista, no início da manhã. A via foi liberada em seguida.

No bairro de Itaquera, zona leste da capital, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) se concentraram em um terreno ocupado a poucos quilômetros do estádio de abertura do Mundial e seguiram em marcha em direção à arena.

Um outro grupo de manifestantes carregando faixas contra empreiteiras responsáveis por obras da Copa do Mundo seguia em marcha pela Avenida das Nações Unidas, na zona sul da cidade, enquanto metalúrgicos em greve bloquearam um viaduto de acesso à Marginal Tietê e a importantes vias da capital paulista.

As manifestações do início da manhã em São Paulo ocorrem num dia em que grupos contrários à Copa do Mundo no Brasil e que defendem melhores serviços públicos prometem realizar protestos em diferentes cidades do país e até no exterior.

Em alusão ao Mundial, o MTST divulgou um manifesto com o nome "Copa sem povo, tô na rua de novo!", em que reivindica mais recursos para transporte, saúde e educação, demandas que também motivaram os protestos de junho do ano passado em que milhares de pessoas foram às ruas de diversas cidades do país.

Os protestos contra a realização da Copa do Mundo se somaram aos atrasos nas obras de estádios e infraestrutura entre os problemas do Brasil na organização do Mundial. Durante a Copa das Confederações do ano passado, torneio preparatório para o Mundial, houve confrontos entre manifestantes e a polícia nos arredores de arenas, inclusive deixando torcedores no meio da confusão.

Imagens dos protestos

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