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Fazendinha

Manifestantes prometem manter rua bloqueada

Em meio às comemorações do Natal, o clima continuou tenso na ocupação dos sem-teto no bairro Fazendinha, em Curitiba. Os manifestantes acusam a Guarda Municipal de ter atirado na direção dos barracos por volta da 1h30 de sexta-feira. Eles também afirmam que uma viatura da Polícia Militar teria furado o bloqueio que fecha a Rua Theodoro Locker, ferindo três pessoas. A Guarda Municipal nega as acusações e diz que apenas enviou um reforço de viaturas para acompanhar a situação no local. Já a PM não registrou qualquer ocorrência na ocupação entre a tarde do dia 25 e a madrugada do dia 26. Os manifestantes dizem que agora não vão mais liberar a rua bloqueada.

Segundo Irene da Rosa Barbosa, representante da comissão de moradores, 80 famílias comemoravam o Natal no meio da rua na tarde da última quinta-feira, quando uma viatura da PM ultrapassou a barreira de paus, pedras e arame farpado. "Três pessoas ficaram machucadas. Eles queriam abrir a rua de qualquer jeito", conta. De acordo com ela, os policiais permaneceram no local durante uma hora e, antes de irem embora, teriam pedido aos sem-teto para que tirassem as crianças da rua porque voltariam mais tarde. "Desde aquele momento, não dormimos mais."

Segundo Irene, um grupo de guardas municipais teria se escondido atrás de alguns arbustos em um terreno em frente à ocupação, de onde dispararam mais de cinco tiros. Ela afirma também que, das 4 às 6 horas de ontem, cerca de 12 viaturas da PM e da Guarda Municipal se posicionaram próximas aos bloqueios na tentativa de intimidar os moradores. "Não vamos abrir a rua de jeito nenhum. A partir de agora, esse espaço vai ser propriedade particular", diz a representante dos sem-teto.

A Guarda Municipal afirma que nenhum disparo foi efetuado contra os manifestantes. Conforme a assessoria da prefeitura de Curitiba, de duas a quatro viaturas permanecem dia e noite na região para agir em eventuais problemas. O reforço enviado à Fazendinha, de acordo com a administração municipal, apenas acompanhou o bloqueio da Rua Theodoro Locker e não realizou nenhuma tipo de intervenção. Os supostos tiros seriam bombinhas ou fogos de artifício soltados pelos próprios manifestantes.

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