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Paulo Peruzzo iniciou sua coleção após ganhar um pinguim de geladeira da avó | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Paulo Peruzzo iniciou sua coleção após ganhar um pinguim de geladeira da avó| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Cuidados

Veja como organizar as coleções:

• Leia livros sobre o tema e estude quais os itens mais valiosos;

• Organize por temas ou país de origem;

• Não misture! Se sua coleção tem um selo carimbado, todos devem ser assim. Selos sem marca são mais valiosos;

• Cédulas só têm valor se não tiverem dobras ou amassados;

• Monte álbuns. Para selos, vale criar um tipo de álbum de figurinhas. Para cédulas, escolha expor em fichários com folhas de plástico rígido.

Saúde

O hábito de colecionar objetos é visto com bons olhos pela psicologia, quando a atividade é um hobbie, feita por prazer. Mas especialistas alertam que, se há exagero, o passatempo pode ser tornar uma doença. Esse transtorno se caracteriza pelo impulso de adquirir novos itens e pela dificuldade em descartar outros, comportamentos que podem estar associados. Esse transtorno comumente é chamado de acumulação compulsiva e precisa de tratamento.

Tempo, dedicação e organização são fundamentais para aqueles que desejam manter uma coleção, independente do item. Das tradicionais coleções de selos e cédulas às bonecas Barbie, são diversos os itens que podem despertar a atenção de um colecionador.

VÍDEO: Veja como colecionar cédulas, selos e carros em miniatura

O colecionismo, que é visto como hobbie para muitos, também é fonte de renda para outros, que são colecionadores e empresários. Esse é o caso de Cleverson Hernandes Alarcon, que mantém coleções de selos, cédulas, moedas e cartas; e de Hilton Ricardo de Sá, dono de um acervo com cerca de 2,5 mil miniaturas de veículos. Há ainda os que veem nas coleções uma forma de se conectar com outros lugares, como o designer Paulo Peruzzo, que mantém uma inusitada coleção de pinguins de geladeira.

Para manter uma coleção em ordem, é preciso dispor de espaço e método. As prateleiras podem abrigar os mais diversos bibelôs, além de álbuns e caixas, para deixar o material organizado. Além disso, é preciso escolher uma forma de classificar todos os itens. Ou, ainda, usá-los como objeto de decoração. A Gazeta do Povo ouviu alguns colecionadores que dão dicas de como iniciar e manter uma coleção.

Inspiração veio da geladeira da vovó

Foi com um singelo pinguim de geladeira de porcelana que o designer Paulo Peruzzo iniciou a sua coleção. O objeto decorava o eletrodoméstico da casa da avó e sempre chamou a sua atenção. "Eu era criança e adorava. Um dia ela me deu de presente", conta.

Esse pinguim tem um lugar especial na coleção – tanto por ser o primeiro, como por ser de família – e deu espaço para Peruzzo adquirir centenas de novos itens. A escolha pelo pinguim tem uma explicação estética. "Tenho uma ligação forte com o mobiliário dos anos 50", diz. Esse gosto pessoal também virou uma tática para viagens para o exterior. "É uma forma de me relacionar com o desconhecido, porque você viaja o mundo e já procura o que você coleciona e cria uma ligação com o lugar", explica.

A coleção já chegou à marca de 183 itens, entre objetos de porcelana, madeira e pelúcia. Esses últimos, aliás, saíram da coleção porque foram todos doados para uma creche. Agora, parte da coleção fica na chácara de Peruzzo em Morretes. Lá, os pinguins não têm um lugar específico: eles são integrados à decoração da casa. O designer explica que combina elementos: se tem um abajur de madeira, os pinguins que seguem esse estilo ficam lá; se o ambiente é branco, os objetos com essa cor estarão por perto. Cerca de 20 itens, de porcelana, estão expostos em uma prateleira na casa do designer em Curitiba, com exceção do "pinguim número um", que tem um cantinho especial.

Selos e moedasColeção de itens raros se transforma em oportunidade de negócio

Coleções mais tradicionais são as que exigem mais dedicação do colecionador. "O cara tem que estudar, senão, vira um juntador", diz o professor de Educação Física Cleverson Hernandes Alarcon, de 38 anos. Ele começou a mexer com coleções a partir de algumas cédulas deixadas pelo pai. Ao perceber o valor do material, viu uma oportunidade de negócio e montou uma loja para venda de produtos, a Cia do Colecionador. Alguns itens, no entanto, não entram lá. Alarcon guarda selos raros, coleções temáticas completas, além de moedas da época do Brasil Império.

MiniaturasApaixonado por carros, "marmanjo" coleciona carrinhos de brinquedo

A paixão pelos carros foi o que motivou Hilton Ricardo de Sá, de 38 anos, a iniciar sua coleção de miniaturas. "No começo eu não tinha foco. O objetivo era ter o máximo de peças. Com essa compra maluca, cheguei a quase cinco mil miniaturas", diz. Com foco, ele reduziu a coleção pela metade, mas triplicou seu valor, investindo em itens de mais valor e fazendo mostruários temáticos por ano, marca ou modelo. Inspirado na sua experiência, Sá dá dicas para organizar as coleções:

Procure organizar as miniaturas por temas, cores, ano, modelo e marca;

• Guarde em expositores, com quadros separados para cada veículo. Você pode investir em modelos mais trabalhados, com vidro e espelhos, para destacar a coleção;

•Para limpar, use pincel e flanelas para tirar o pó. Evite produtos abrasivos, que podem estragar as etiquetas e pintura das miniaturas;

• Para garimpar modelos, procure vendedores na internet.

• Quanto menor a tiragem de uma edição, mais valor tem a miniatura.

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Vida e Cidadania | 5:00

Colecionadores contam como começaram suas coleções e ensinam a mantê-las organizadas e limpas.

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