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Workshop realizado em Curitiba ensinou dezenas de pessoas a utilizar o Green Map: objetivo é estimular participação | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Workshop realizado em Curitiba ensinou dezenas de pessoas a utilizar o Green Map: objetivo é estimular participação| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
  • Saiba como usar a ferramenta Mapa Verde Aberto

Durante a Conferência Inter­nacional de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, realizada nessa semana na Universidade Federal do Paraná, mais de 50 pessoas, de diferentes idades e estados, aprenderam a usar uma ferramenta que promete auxiliar na percepção do impacto ambiental de cada cidade no mundo: o "Green Map", ou Mapa Verde. Criado em junho de 2009 pela ONG norte-americana Green Map System, a ferramenta Open Green Map (Mapa Verde Aberto) engloba, atualmente, mapas de 550 cidades de 55 países – 4 delas no Brasil, incluindo Curitiba.

Por meio de uma linguagem iconográfica e bastante fácil de entender, cada comunidade pode ajudar a localizar pontos positivos (como escolas, bicicletários e parques) e negativos (como áreas de desmatamento ou geração de lixo e poluição) da sua cidade. "Na prática, é mais do que apenas sinalizar pontos no espaço urbano. Ao fazer isso, cada pessoa pensa no impacto de cada construção, área ou rio apontado na sua vida e na cidade onde mora, dizendo se a influência é positiva ou negativa e explicando os motivos", afirma a professora Maria do Carmo Freitas, do Laboratório de Mí­­dias na Educação, do Depar­tamento de Ciências e Gestão da Informação da UFPR.

O laboratório é o responsável pelo registro dos ícones no mapa de Curitiba. "Somos os mapmakers. Isso quer dizer que, para criar novos ícones na capital paranaense, a pessoa ou comunidade interessada precisa falar conosco, participar de uma oficina ou nos mandar um e-mail sugerindo a marcação de um ponto", explica. Esse controle existe porque todos os pontos marcados nos mapas verdes da Green Map System são aferidos, confirmados por uma equipe da própria organização nos Estados Unidos, ou ainda por uma equipe regional autorizada a fazer essa ponte entre a comunidade e a organização. Para comparar, o Mapa Verde não chega a ser como a Wikipédia, enciclopédia que é livre para a colocação de novos ícones. No laboratório da UFPR, cinco professores e 10 alunos, bolsistas e voluntários, conferem as sugestões de locais novos. "Quanto aos ícones já existentes, qualquer pessoa pode acrescentar comentários, vídeos, fotos ou outras informações, criando um fórum de discussão permanente", diz Maria do Carmo.

Ponto de partida

O conteúdo disponível no Mapa Verde Aberto é ponto de partida para ações de educação ambiental com os mais diversos propósitos – basta ter criatividade. A gestora e educadora ambiental Consuelo Rodrigues, 52 anos, uma das participantes da oficina promovida pela UFPR, vai usar a ferramenta no trabalho para avaliar o impacto que uma obra terá em uma determinada comunidade, ajudando os moradores a perceberem as mudanças positivas e negativas que virão dela. "Nesse sentido, a metodologia do Mapa Verde Aberto, com sua linguagem iconográfica simples, pode ser trabalhada tanto na forma original, na web, como de uma maneira mais simples, com desenhos no papel. Tudo depende da comunidade com que estarei trabalhando", diz.

Já o professor e mestrando da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Felipe Diogo Teixeira, também participante da oficina, pretende usar o Mapa Verde Aberto de forma mais local. "Vou abrir a possibilidade no condomínio onde moro, no bairro Campo Comprido, para mapear pontos ao nosso redor. É uma área arborizada, mas que também tem seus problemas e que merecem ser apontados", afirma.

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Interatividade

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