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Pressionados pelos manifestantes, os vereadores assinaram o pedido de abertura da investigação durante sessão | Divulgação / CMM / Marquinhos Oliveira
Pressionados pelos manifestantes, os vereadores assinaram o pedido de abertura da investigação durante sessão| Foto: Divulgação / CMM / Marquinhos Oliveira

Último Protesto

Aproximadamente 2,5 mil pessoas se reuniram na quinta-feira (20) para mais um dia de protestos em Maringá. Antes de ocuparem a sessão itinerante, eles se encontraram no Terminal Urbano e seguiram pela Avenida São Paulo, mesmo debaixo de chuva. Para mobilizar mais pessoas, os manifestantes gritavam "Vem pra rua", uma das frases comuns utilizadas nos protestos por todo o Brasil.

Os manifestantes chegaram a se posicionar em frente ao prédio onde mora o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP). Um grupo munido de um grande holofote iluminou cada andar do prédio, localizado próximo ao cruzamento das avenidas Tiradentes e Paraná. Em meio a xingamentos contra Pupin, dois moradores do edifício colocaram bandeiras do Brasil na sacada e foram aplaudidos pelos manifestantes.

O grupo também passou pela Praça Manoel Ribas, as avenidas Herval, Paraná, Brasil, Morangueira e São Paulo, próxima a shoppings da cidade, e chegaram a parar a Avenida Colombo por alguns minutos – cruzamento entre as avenidas São Paulo e Morangueira.

A Câmara Municipal de Maringá (CMM) constituiu, nesta sexta-feira (21), os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes para investigar a planilha de custos do transporte coletivo de Maringá. Os escolhidos foram Chico Caiana (PTB), Humberto Henrique (PT), Luciano Brito (PSB), Márcia Socreppa (PSDB) e Capitão Ideval (PMN). O princípio da proporcionalidade foi respeitado, com a escolha de um vereador de cada partido.

O presidente da Casa, Ulisses Maia (PP), explicou que a CPI dos Transportes será oficializada na terça-feira (25). "Após a oficialização, os cinco membros se reúnem e escolhem quem serão o presidente e o relator", explicou.

Mais cedo, o vereador Mário Verri (PT) antecipou que o PT pretendia propor a investigação do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Maringá e a empresa de Transporte Coletivo de Maringá (TCCC), desde o processo de licitação como foco da investigação da CPI.

A CPI dos Transportes foi confirmada na noite de quinta-feira (20), quando centenas de manifestantes surpreenderam os vereadores de Maringá, que estavam em uma sessão itinerante no Salão Paroquial da Igreja Santo Antônio, na Vila Santo Antônio. Pressionados, os vereadores assinaram o pedido de abertura da investigação.

Prefeitura e TCCC dizem estar tranquilos diante da CPI

O secretário de comunicação, Milton Ravagnani, defendeu que o Município está tranquilo em relação à abertura da CPI, já que disponibiliza todas as informações sobre contrato, pedidos de reajustes e tarifas de custos do transporte no Portal da Transparência municipal. "A Prefeitura entende que a abertura da CPI é uma prerrogativa da Câmara Municipal. Se a Câmara entende que a CPI é necessária, a Prefeitura respeita a decisão."

O secretário de Trânsito e Segurança, Ademar Schiavone, reforçou que as informações sobre os custos do transporte público na cidade estão disponíveis na internet à disposição de toda a população. Questionado se considerava legítima a instalação da CPI, Schiavone disse não saber sobre a legalidade do processo. "Mas se foi aberta, eu espero que a Câmara saiba fazer bem a CPI para sanar qualquer dúvida que ainda exista em relação à tarifa."

A tranquilidade em relação à CPI também foi defendida pelo diretor da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), Roberto Jacomelli. "Nós participamos com informações muito claras e transparentes da negociação do novo valor da tarifa. Prestamos esclarecimentos à Câmara, à Prefeitura e tudo isso com ampla cobertura da imprensa. Então, não vejo nenhum problema em relação aos questionamentos que a Câmara possa fazer na CPI."

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