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O Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba, negou, na segunda-feira (4), um pedido do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região que pretendia fechar as agências do Banco Bradesco na cidade. O sindicato tentou, mas não conseguiu, derrubar uma liminar conseguida pelo banco que garante o funcionamento das agências, em meio à greve da categoria, que já dura uma semana. Com isso, as cinco agências do Bradesco na cidade permanecem em funcionamento.

A paralisação foi enfraquecida na sexta-feira (1º), depois que o banco conseguiu na Justiça uma liminar de interdito (ação jurídica que tenta impedir ameaça à propriedade), evitando que os grevistas façam manifestações em frente ao banco. Com isso, a quantidade de bancários em greve caiu de quase mil para 700 em Maringá.

O presidente do sindicato, Claudecir de Souza, afirma que o departamento jurídico estuda uma nova forma de tentar caçar a liminar obtida pelo banco. "Não conseguimos em Curitiba, mas vamos continuar tentando, para que os funcionários do Bradesco possam aderir à greve", explicou.

Souza acrescentou que a liminar vale somente para Maringá e para os municípios atendidos pela Vara do Trabalho local. Por conta disso, as agências do Bradesco de cidades não muito distantes, como Astorga, permanecem fechadas, integradas à greve, que ocorre, também, em vários municípios do país.

Na manhã desta terça-feira (5), 42 agências bancárias estavam fechadas em Maringá. Apenas as unidades do Banco do Brasil (que não aderiram à greve) e do Banco Bradesco estavam funcionando normalmente.

Preocupação para clientes

A paralisação já começa a preocupar alguns usuários, já que não é possível fazer depósitos em algumas agências. Souza afirmou que somente os gerentes gerais e operacionais estão autorizados a entrar nas agências e ele disse não saber se eles estão efetuando a compensação dos cheques e do dinheiro depositado. A orientação do sindicato é para que os bancos mantenham esses serviços, considerados essenciais.

Já com relação ao abastecimento dos caixas eletrônicos, Souza informou que não há falta de dinheiro e que os aposentados e pensionistas estão recebendo atendimento especial nos terminais de autoatendimento.

Reivindicações

A principal reivindicação da classe é o reajuste salarial. Segundo o sindicato, a classe patronal apresentou proposta de reposição salarial de 4,29%, que corrige apenas a inflação do período, e não dá ganho real. A categoria reivindica 11%. "Além disso, pedimos a contratação de mais funcionários, fim do assédio moral e fim das metas abusivas", afirmou Souza.

A Federação Nacional do Bancos (Fenaban) divulgou nova nota à imprensa sobre o movimento grevista. A entidade entende a paralisação nacional como radicalização e alega que o sindicato abandonou a mesa de negociações. A nota afirma que "os bancos manifestam sua firme intenção de adotar todas as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários". Segundo a entidade o reajuste de 4,29% é o patamar inicial, e que, a partir desse índice mínimo, poderão ser negociados valores que permitam aumento real aos funcionários.

Souza, por outro lado, diz que o sindicato aguarda propostas melhores para poder negociar.

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