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Situação diferente

Em nota oficial, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) afirma que o número de homicídios de adolescentes com idade entre 12 e 18 anos caiu 36,7% em Foz do Iguaçu, entre 2006 e 2009.

"O estudo divulgado pelo Governo Federal é uma grande estimativa baseada em dados de 2006. O importante é que nós implementamos políticas públicas na área da segurança e revertemos esta tendência. Desde 2005, reduzimos o número de homicídios constantemente na cidade. Caso o estudo fosse trazido para hoje, seu resultado seria bastante diferente", disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, ao site de notícias do governo estadual.

De acordo com dados da Sesp, em 2006, 59 adolescentes foram assassinados em Foz do Iguaçu. No ano seguinte o número subiu para 77, mas desde então está em constante queda. Em 2008, 48 jovens foram mortos e, até mês passado, foram assassinados 19 adolescentes.

Entre 17 cidades com mais de 100 mil habitantes no estado, Maringá é a que apresenta menor risco de morte violenta contra adolescentes e jovens de 12 a 18 anos. A cidade tem um índice muito abaixo da média nacional. Enquanto que no Brasil, a média de adolescentes assassinados antes de completarem 19 anos é de 2,03 para cada grupo de mil, em Maringá a média é de apenas 0,31. Os dados são do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), divulgado nesta terça-feira (21). O resultado é positivo, visto que segundo os organizadores da pesquisa, uma sociedade não violenta apresenta valores próximos de zero.

Numa projeção, 13 jovens devem ser vítimas de homicídio em Maringá até 2012. Foz do Iguaçu, que lidera o ranking nacional entre 267 cidades, a mesma perspectiva aponta que 446 jovens serão assassinados até 2012. No Brasil inteiro serão cerca de 30 mil.

Maringá é ainda a 28.ª cidade de Brasil (com mais de 100 mil habitantes) mais segura para jovens e adolescentes.

O IHA é uma pesquisa realizada em conjunto pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e organização não governamental Observatório de Favelas.

Ranking por região

O levantamento revela disparidade entre as condições de segurança nas diferentes regiões do país. Em 34% dos municípios pesquisados, o IHA foi inferior a um adolescente assassinado para cada grupo de mil, enquanto cerca de 22% das cidades obtiveram valores superiores a três jovens mortos.

Outros 7% dos municípios, no entanto, puxaram o índice para cima, por apresentarem valores superiores a cinco adolescentes assassinados para cada mil.

O município com o pior resultado é Foz do Iguaçu (PR), onde o IHA é de 9,7. A estimativa é de que 443 jovens com menos de 19 anos sejam assassinados nessa cidade entre 2006 e 2012.

Em segundo lugar, está Governador Valadares (MG), com um índice de 8,5 jovens mortos para cada mil. Entre as capitais, Maceió e Recife lideram o ranking de homicídios entre adolescentes, ambas com uma média de 6,0 jovens mortos para cada mil. O Rio de Janeiro aparece com índice de 4,9.

Grupos de risco

A pesquisa revela ainda que a probabilidade de ser vítima de homicídio é quase 12 vezes maior para homens. Mostra também que a população negra é a que mais sofre com a violência. O risco de um jovem negro morrer assassinado é 2,6 vezes maior em relação a um branco.

Atualmente, os homicídios representam 45% das causas de morte entre os adolescentes. Segundo o levantamento, o risco de assassinato é maior para a faixa etária de 19 a 24 anos, e decresce a partir daí.

A maior parte dos homicídios ocorre por arma de fogo, o que, segundo o relatório, reforça a importância do controle de armamento nas políticas de redução da violência.

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